Saiba quais empresas mais investem em cultura no Brasil

Reunidos no Fórum de Investidores Privados em Cultura, em São Paulo (SP), fundações, instituições culturais, indústria, empresas e governo federal divulgaram, nesta segunda-feira (23), dados fundamentais na avaliação da economia da cultura no país. Foi di

A tabela ao lado mostra quais foram as dez empresas que mais fizeram investimentos em 2004. As instituições também mostraram pesquisas que ajudam a compor um painel do setor. Segundo dados do Sesi (Serviço Social da Indústria), os governos estaduais destinaram R$ 846 milhões. Só cinco estados não têm legislação de incentivo à cultura – Alagoas, Maranhão, Amazonas, Roraima e Rondônia.


 


Já os governos municipais destinaram R$ 314 milhões. O município que mais investe em cultura é São Paulo (SP), seguido de uma surpresa: Curitiba (PR). O Rio de Janeiro (RJ) só vem em terceiro lugar. “Isso não me surpreende. Há uma mentalidade voltada para o investimento cultural no Paraná que vem de anos – é um esforço coordenado, sistemático. O resultado está aí”, afirmou o ministro da Cultura, Gilberto Gil.


 


O Sesi anunciou que seu investimento foi de R$ 45 milhões em 2006 e deverá ser de R$ 65 milhões este ano. Gil afirmou que os investimentos federais em cultura em 2007 devem chegar perto de R$ 1,5 bilhão, considerando-se aí os valores de leis de incentivo, investimentos diretos e programas de cooperação, como o Monumenta (em acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento).


 


Os adolescentes como alvo


 


A cultura, no Brasil, congrega 290 mil empresas e movimenta cerca de R$ 17,8 bilhões por ano, segundo o Ministério da Cultura. Ainda assim, em seu discurso, o ministro salientou a necessidade de a iniciativa privada investir com mais ênfase na área, que já é hoje a maior indústria de exportação americana, por exemplo. Gil falou em “compartilhar riscos”.


 


O fórum foi organizado pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) – grupo que reúne 101 instituições em todo o Brasil. Sete entre os 10 maiores investidores privados em cultura no País integram o Gife (Bradesco, Banestado, Itaú, Gerdau, Unibanco, Banco do Brasil e Vale do Rio Doce).


 


Nos dados de pesquisa inédita realizada pela instituição, a maioria dos projetos que as empresas financiam serve a um público-alvo entre 15 e 17 anos – e grande parte deles é incentivada pela Lei Rouanet (a legislação federal de incentivo à cultura). O ministro Gil comentou projeto do senador Marcelo Crivella, que visa a estender os benefícios da Lei Rouanet para igrejas evangélicas.


 


Gil diz que não é preciso dotar a lei de um mecanismo específico para isso. Desde que demonstrem a relevância cultural do seu projeto, as igrejas serão atendidas. “Já editamos hoje discos gospel. Não vejo nenhum problema”, garantiu o ministro. “Basta que isso seja aprovado pela comissão – que demonstre ser de relevância cultural.”


 


Da Redação, com informações da Agência Estado