Movimento sindical cearense diz NÃO à Emenda 3
Trabalhadores cearenses se mobilizaram na última segunda feira para dizer não a Emenda 3, vetada pelo Governo, que proíbe o auditor fiscal de multar empresas que contratam profissionais que constituíram empresa para prestar serviços, as chamadas emp
Publicado 25/04/2007 11:28 | Editado 04/03/2020 16:37
Trabalhadores de diversas categorias compareceram na tarde desta segunda-feira à porta da Federação das Indústrias no Estado do Ceará (Fiec) para se manifestar a favor do veto presidencial à Emenda 3. Eles atenderam a uma convocação da Central Única dos Trabalhadores, que promoveu uma série de atividades em todos os Estados do Brasil.
Nos discursos, os sindicalistas deixaram clara sua indignação contra a Emenda que rouba os direitos dos trabalhadores e pode colocar fim na relação entre capital e trabalho no Brasil. Para o presidente da CUT Ceará, Francisco Jerônimo do Nascimento, caso os deputados rejeitem o veto presidencial à Emenda 3 a alternativa que resta aos trablhadores é a greve. Jerônimo convocou toda a militância cutista para engrossar o coro contra a Emenda 3 no Dia do Trabalhador.
Para a CUT, a Emenda 3 é um ataque aos direitos dos trabalhadores. O trabalhador que é forçado a se tornar pessoa jurídica (PJ) e a emitir nota fiscal, como se fosse uma empresa, deixa de receber 13º, férias remuneradas, FGTS, vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e aposentadoria.
Além de ter esses direitos roubados, continuam recebendo os mesmos salários que tinham antes e são obrigados a bancar do próprio bolso as passagens de ônibus, trem, o almoço e até o INSS, se quiser se aposentar quando ficar mais velho. E todo o mês precisa pagar imposto de renda, impostos para a prefeitura municipal e ainda pagar salário para um escritório de contabilidade. Se não pagar essas taxas, fica com o nome sujo.
Fonte: CUT/Ce