Caos eleitoral na Nigéria

Depois das acusações de fraude nas regionais do início deste mês, a oposição nigeriana volta a denunciar o Partido Democrático do Povo (PDP), do general Olusegun Obasanjo, no poder desde 1999, como o principal promotor das manipulações registadas nas legi

Atiku Abubakar, vice-presidente e candidato do partido Congresso de Ação desavindo com o PDP, considerou os acontecimentos como “uma tragédia nacional” onde sobraram “intimidações, fraudes e baixa participação”.


 


Na mesma linha, os representantes da UE e do Grupo de Transição e Monitorização manifestaram sérias preocupações com o decorrer do processo e apelam à realização de novo ato.



A Commonwealth, organização da antiga potência colonial da Nigéria, o Reino Unido, destoou entre os observadores ao sublinhar “avanços em relação às eleições anteriores”.



Fontes oficiais dão como vitorioso o candidato Umaru Yar'adua, homem apoiado por Obasanjo que diz ter recolhido a maioria dos votos dos 60 milhões de eleitores.


 


Em 46 anos de independência, a Nigéria foi governada por 28 regimes militares. O país é o sexto maior exportador de petróleo do mundo, a maior potência militar africana e um dos maiores produtores de cacau do mundo, recursos explorados com grande margem de lucro pelas multinacionais.