Homenagens marcam 10 anos sem Paulo Freire

No próximo dia 2 de maio, o Ministério da Educação lança o documentário Paulo Freire Contemporâneo, de Toni Venturi. O evento é uma homenagem ao mestre, dez anos após a sua morte. Na Câmara dos Deputados, haverá sessão solene para lembrar a data. Vária

O documentário – vencedor do concurso lançado pela TV Escola no ano passado – retoma as origens das primeiras experiências de alfabetização e de educação popular de Paulo Freire e mostra como o pensamento e a pedagogia ainda estão vivos e presentes até os dias atuais.



Biografia



O autor da frase “Ninguém liberta ninguém/Ninguém se liberta sozinho/Os homens se libertam em comunhão”, nasceu em Recife (PE) em 1921 e faleceu em 1997. É considerado um dos grandes pedagogos da atualidade e respeitado mundialmente. Publicou várias obras que foram traduzidas e comentadas em vários países.



Embora suas idéias e práticas tenham sido objeto das mais diversas críticas, é inegável a sua grande contribuição em favor da educação popular.



Suas primeiras experiências educacionais foram realizadas em 1962 em Angicos, no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias. Participou ativamente do Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife.



Suas atividades são interrompidas com o golpe militar de 1964, que determinou sua prisão. Exila-se por 14 anos no Chile. Com sua participação, o Chile, recebe uma distinção da UNESCO, por ser um dos países que mais contribuíram à época, para a superação do analfabetismo.



Em 1970, junto a outros brasileiros exilados, em Genebra, Suíça, cria o Instituto de Ação Cultural (IDAC), que assessora diversos movimentos populares, em vários locais do mundo. Retornando do exílio, Paulo Freire continua com suas atividades de escritor e debatedor, assume cargos em universidades e ocupa, ainda, o cargo de Secretario Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão da Prefeita Luiza Erundina, do PT.



Entre suas várias obras, destacam-se Pedagogia do Oprimido, Educação como Prática de Liberdade, Cartas à Guiné Bissau, Vivendo e Aprendendo, A importância do ato de ler.



Fonte: MEC