Lula: “Salário mínimo praticamente dobrou”

Às vésperas do dia do trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta segunda-feira (30), em sua entrevista semanal no programa de rádio Café com o Presidente, a recuperação do valor do salário mínimo no País, atualmente de R$ 380.

“É importante comparar o que ele poderia comprar de cesta básica em janeiro de 2003 e o que ele pode comprar hoje. Ou seja, praticamente dobrou o poder aquisitivo do salário mínimo no Brasil”, disse, acrescentando que o novo mínimo em vigor no País representa a injeção de R$ 15 bilhões a mais no mercado.



“É dinheiro que está circulando, gente que está consumindo. Quando há consumo, as lojas encomendam mais na fábrica, as fábricas produzem mais, geram mais empregos. Eu acho que todo mundo ganha mais com isso”, comemorou o presidente.


 


O presidente destacou também que 86% dos trabalhadores ganharam aumento real de salário desde 2006. “Além da inflação, eles tiveram um ganho no seu poder aquisitivo. E 96% tiveram, no mínimo, a inflação”.


 


Ele reconheceu, no entanto, que o valor ainda é baixo. “Obviamente que o salário mínimo sempre é pouco, sempre é pouco porque é o mínimo. Ele é pouco no Brasil e é pouco no mundo inteiro. Mas o que nós estamos fazendo é que estamos reajustando o salário mínimo sempre acima da inflação para que a gente possa ter um poder de compra que permita um cidadão que ganhou o salário mínimo cuidar de si e da sua família”, destacou o presidente.


 


Lula utilizou o programa para mandar um recado a todos os trabalhadores do país. “Estou desejando um feliz 1º de maio, com a certeza de que o 1º de maio de 2008 será melhor do que o 1º de maio de 2007”, afirmou.



“Estamos reajustando o salário mínimo sempre acima da inflação para que a gente possa ter um poder de compra que permita um cidadão que ganhou o salário mínimo cuidar de si e da sua família”, destacou o presidente. Entretanto, ele admitiu que o valor do mínimo ainda é baixo e exortou os próximos governantes a darem continuidade à atual política de recuperação do salário mínimo. “Eu penso que qualquer governo que vier depois de nós, ele vai ter que dar seqüência a essa política de recuperação de salário mínimo, porque significa distribuir renda, significa melhorar a vida das pessoas mais pobres deste país”, argumentou.



Nesse sentido, Lula manifestou seu apoio ao projeto de lei que propõe o reajuste do salário mínimo de acordo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Está no Congresso Nacional uma proposta do governo que não é do governo, é uma proposta acordada com todas as centrais sindicais, de garantir, durante os anos de 2008 a 2011, que a gente dê ao salário mínimo não apenas o reajuste da inflação, mas também a gente dê uma variação do crescimento do PIB, ou seja, o crescimento da economia”, explicou. Lula afirmou que, se a proposta for aprovada, poderão ser alcançados “os melhores valores do salário mínimo da história desse país”.



O presidente também destacou o aumento real dos demais salários pagos no País. “É importante lembrar que nos acordos salariais que os sindicatos têm feito neste ano e no ano de 2006, 86% dos trabalhadores ganharam aumento real de salário, ou seja, significa que além da inflação, eles tiveram um ganho no seu poder aquisitivo. E 96% tiveram, no mínimo, a inflação”, disse.



Depois de manifestar a certeza de que “o 1º de maio de 2008 será melhor do que o 1º de maio de 2007”, Lula que, depois de uma estagnação de 20 anos na geração de empregos, o Brasil 20 anos sem gerar o Brasil vive um novo ciclo. “O número mais positivo é o número do mês de março, em que a gente bateu o recorde na geração de emprego com carteira assinada, ou seja, foi 91% maior do que foi em março de 2006”.



O presidente ressaltou que esse foi o melhor número desde a existência do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e manifestou estar bastante otimista com as perspectivas do País. “A nossa expectativa é de que, com o crescimento da economia, e todos os números indicam que a economia brasileira vai continuar crescendo de forma mais vigorosa nos próximos anos, e com a implantação do programa de aceleração da economia e também com a desoneração, ou seja, com a isenção de impostos que nós fizemos para material de construção civil e para a própria construção civil, nós temos aí um potencial extraordinário de geração de empregos no Brasil”, afirmou.


Com informações da Agência Estado e Agência Brasil