Partido independentista ganha maioria parlamentar na Escócia

As eleições municipais e regionais nesta bquinta-feira trouxeram más notícias para os dois principais partidos do Reino Unido, o Trabalhista, no governo com Tony Blair, e o Conservador. Entre as severas perdas trabalhistas, o Partido Nacionalista Escocês

Das 129 cadeiras do legislativo escocês, o SNP obteve 47 e os trabalhistas 46. A virada tem valor simbólico, pois Blair nasceu em Edimburgo, capital administrativa da Escócia, assim como o seu sucessor designado, Gordon Brown, hoje ministro das Finanças – o primeiro ministro, desgastado por seu apoio a George W. Bush na ocupação do Iraque, deve deixar o cargo em data ainda incerta, provavelmente em julho, após dez anos no governo.



Vencedor quer referendo sobre separação



O líder do SNP, Alex Salmond, falou de “ar fresco” para seu país. Comentou também que os trabalhistas perderam o “direito divino de governar a Escócia”. O SNP, fundado em 1934, mantém em seu programa a completa separação da Escócia, nos marcos do Commonwealth. Na campanha eleitoral, pregou a realização de um referendo para decidir sobre a questão. Mas em 1997 aliou-se aos trabalhistas para pregar o voto na autonomia, em outro referendo.



É um partido de centro-esquerda dentro da tradição social-democrata européia, pregando o desarmamento, importos progressivos, educação pública e gratuita. Porém, ao contrários dos trabalhistas, opôs-se com veemência à invasão do Iraque, assim como à ação da Otan na Guerra da Iugoslávia em 1999.



Salmond iniciou conversações visando um governo de coalizão, já que o SNP não tem maioria absoluta. Nas eleições de qauinta-feira os conservadores obtiverasm 17 parlamentares, os liberais 16, os verdes têm duas cadeiras e há um deputado sem partido. Uma possibilizade em estudo é uma aliança SNP-liberais-verdes.



Para Blair, “melhor que o esperado”



Também no país de Gales o partido de Blkair recuou, perdeu dois deputados e a maioria absoluita; já não tem condições de governar sozinho, dependendo de uma coalizão. Na Inglaterra, os Tories de David Cameron avançaram sobre alguns distritos importantes antes em mãos dos trabalhistas.



Os trabalhistas, porém, sairam aliviados pois os resultados de conjunto não corresponderam ao “desastre eleitoral” que algumas pesquisas previam. “Os resultados são melhores do que o esperado”, comentou Blair. Para ele, o principal perdedor foi a oposição conservadora e o resultado foi “um trampolim perfeito” para as eleições gerais de 2009.



Da redação, com agências