Aleida Guevara quer dissociar imagem de Che e consumismo

Filha do líder revolucionário Ernesto Guevara de La Serna, o Che, Aleida Guevara compareceu à Feira do Livro de Turim para lançar a edição italiana do livro de memórias de sua mãe, Aleida March de la Torre, no final de semana. O nome do livro é Evocaç

“O meu pai e a minha mãe viveram uma grande paixão”, afirmou Aleida. No livro, está reproduzida uma carta que Che enviou do Congo à sua segunda mulher, alguns anos depois do primeiro encontro. Na correspondência, ele relembra como um beijo e o amor fizeram com que houvesse “um choque entre o revolucionário e o verdadeiro Che”.


 


“Cuba, apesar da crise econômica, continua a ser uma referência para o terceiro mundo”, Aleida. Ela também afirmou que está empenhada em fazer uma revisão da figura do pai – que não deve ser um ícone para todas as ideologias e muito menos um produto de consumo.


 


“A motivação de meu pai sempre foi o seu forte idealismo – por isso se chocou com a Realpolitik”, expressou Aleida, que também recordou como foi o momento em que soube da morte do pai. “Tinha 7 anos, e minha mãe, destruída pela dor, leu muitas e muitas vezes para mim uma carta de meu pai. E só no final me contou que havia morrido aquele que assinava um grande beijo de papai.”


 


Inicialmente, a história que a segunda mulher de Che queria contar seria transformada em filme. Acabou virando um livro.