Indígenas preparam protestos contra arrozeiros em RR

O Conselho Indígena de Roraima (CIR) anunciou que pretende fechar as rodovias de acesso à terra indígena Raposa Serra do Sol com o objetivo de pressionar o governo federal a proceder a imediata retirada dos arrozeiros que insistem em permanecer na área

O vice-coordenador do Conselho Indígena de Roraima, Terêncio Wapichana, informa que em assembléia geral as comunidades indígenas da Raposa Serra do Sol decidiram fechar a rodovia na entrada do Surumu e também retomar fazendas e aumentar a vigilância para impedir a entrada de não-índios.



A assembléia dos coordenadores regionais do CIR se manifestou em relação à Liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) concedida aos rizicultores para que permaneçam na área até o julgamento final das ações propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela União contra decisão da Justiça Federal do Estado de Roraima.



Uma comissão do Conselho Indígena, liderada pelo coordenador Dionito Macuxi, a advogada Joênia Wapichana e o coordenador de saúde, Clóvis Ambrósio, está em Brasília desde a semana passada para cobrar do governo federal a indenização e retirada de todos os ocupantes não índios da Raposa Serra do Sol.



A comissão vai se reunir com representantes da Casa Civil da Presidência da República, Advocacia Geral da União, Funai e Ministério Público Federal.



A terra Raposa Serra do Sol foi demarcada e homologada pelo presidente Lula em 15 de abril de 2005. No decreto presidencial ficou definido o prazo de uma para a retirada dos invasores.



Passados dois anos da demarcação e homologação, a área continua invadida por cerca de 60 famílias de pequenos produtores, mais sete ''latifundiários'' que cultivam arroz irrigado dentro do território macuxi, wapichana, ingarikó e taurepang.



Fonte: CIR