Corrupção: Wolfowitz implora pelo cargo

O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, implorou para permanecer no cargo diante do comitê da instituição que deverá decidir se ele tem ou não credibilidade para continuar na presidência. Um painel do banco avaliou que Wolfowitz feriu as normas de

“Imploro que sejam justos ao tomar a vossa decisão, porque ela não só vai afetar a minha vida, vai afetar também a forma como os Estados Unidos e o mundo vêem esta instituição”, suplicou Wolfowitz.



A sua permanência no cargo está por um fio, depois de os Estados Unidos fracassaram ontem na tentativa de reunir os representantes do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Japão) em apoio ao atual presidente.



Apenas o Japão se alinhou com os EUA em defesa de Wolfowitz, ao mesmo tempo que os outros países, incluindo o tradicional aliado Canadá, mantiveram as críticas à sua conduta.



Wolfowitz foi nomeado por George W. Bush para a presidência do Banco Mundial em 2005, uma decisão muito criticada pelo papel do ex-vice-secretário da Defesa na guerra e posterior ocupação do Iraque.



Desde que foi revelado o escândalo envolvendo a promoção da sua companheira, a Casa Branca tem defendido ferrenhamente Wolfowitz, mas ontem, pela primeira vez, deixou aberta a porta para a sua destituição do cargo.