Municipários podem entrar em greve na Capital
Os servidores da prefeitura de Porto Alegre podem decidir pela greve na assembléia geral que realizam nesta quinta-feira, no Parque da Harmonia. Eles entregaram uma pauta com 32 reivindicações ao prefeito José Fogaça, mas poucas estão sendo atendidas.
Publicado 16/05/2007 20:32 | Editado 04/03/2020 17:12
Laudenir Figueiredo, membro da direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), afirma que o prefeito não quer repor a perda salarial do governo anterior. Desde 2003 sem aumento, os servidores querem um reajuste de 20% no salário, que corresponde à reposição das perdas e da inflação do mês. Apenas 3% se refere a ganho real. No entanto, a proposta da prefeitura é de reajustar o salário em 2,96%.
“A avaliação que nós temos, na reposição do salário, achamos meio ridículo.Temos uma perda de 14% e o prefeito nos oferece um aumento de 2,96% e nenhuma possibilidade do reconhecimento dessas perdas, o governo não reconhece essas perdas. O prefeito diz que começou a governar em 2005 e está fazendo a reposição desde esse ano. Ele não reconhece o anterior, as perdas dos outros governos”, diz.
Com o reajuste da prefeitura, o salário básico de operadores e pedreiros, que hoje é de um salário mínimo, aumentaria apenas R$ 10,00, por exemplo. Os servidores também reivindicam um aumento de 15% no vale alimentação, mas a prefeitura aceita em dar 12%, o que corresponde a um aumento de R$ 0,99. Sobre as mudanças no plano de carreira e de um plano médico, o governo afirma que estão sendo estudados em um grupo de trabalho.
Atualmente, a prefeitura de Porto Alegre conta com cerca de 24 mil servidores. Destes, cinco mil estão aposentados.
Agência CHASQUE