Municipários podem entrar em greve na Capital

Os servidores da prefeitura de Porto Alegre podem decidir pela greve na assembléia geral que realizam nesta quinta-feira, no Parque da Harmonia. Eles entregaram uma pauta com 32 reivindicações ao prefeito José Fogaça, mas poucas estão sendo atendidas.

Laudenir Figueiredo, membro da direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), afirma que o prefeito não quer repor a perda salarial do governo anterior. Desde 2003 sem aumento, os servidores querem um reajuste de 20% no salário, que corresponde à reposição das perdas e da inflação do mês. Apenas 3% se refere a ganho real. No entanto, a proposta da prefeitura é de reajustar o salário em 2,96%.


 


“A avaliação que nós temos, na reposição do salário, achamos meio ridículo.Temos uma perda de 14% e o prefeito nos oferece um aumento de 2,96% e nenhuma possibilidade do reconhecimento dessas perdas, o governo não reconhece essas perdas. O prefeito diz que começou a governar em 2005 e está fazendo a reposição desde esse ano. Ele não reconhece o anterior, as perdas dos outros governos”, diz.


 



Com o reajuste da prefeitura, o salário básico de operadores e pedreiros, que hoje é de um salário mínimo, aumentaria apenas R$ 10,00, por exemplo. Os servidores também reivindicam um aumento de 15% no vale alimentação, mas a prefeitura aceita em dar 12%, o que corresponde a um aumento de R$ 0,99. Sobre as mudanças no plano de carreira e de um plano médico, o governo afirma que estão sendo estudados em um grupo de trabalho.


 


 


Atualmente, a prefeitura de Porto Alegre conta com cerca de 24 mil servidores. Destes, cinco mil estão aposentados.


 



Agência CHASQUE