Trabalhadores ganham voz no conselho de desenvolvimento

A participação de trabalhadores no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social aumentou com a posse de novos conselheiros, na 21ª reunião do órgão, realizada hoje (17).

O conselho, que serve para debater questões nacionais e elaborar propostas de políticas públicas, é formado por 13 ministros e 90 líderes da sociedade civil, convidados pelo presidente da República. Para o biênio 2007-2008, foi trocada quase metade dos integrantes (46%).


 


Agora, os representantes do setor trabalhista ocupam 27% dos postos (antes, eram 17%). Mas o número de empresários continua maior (39%, contra 47% anteriormente). O conselho também é formado por organizações não governamentais, intelectuais e outros membros da sociedade civil, que juntos formam 34% (eram 36%).


 


Entre os novos conselheiros, está a presidente da Força Sindical na Bahia, Nair Goulart. Ela defende que, na discussão das estratégias de desenvolvimento, deve-se pensar nas desigualdades regionais e na distribuição de renda aos trabalhadores. “É preciso pensar o desenvolvimento com foco na distribuição de renda. Nós, trabalhadores, queremos participar do desenvolvimento”.


 


Goulart disse ainda que é necessário também trabalhar contra a discriminação no mercado de trabalho por gênero, raça e idade, combater o trabalho escravo e infantil, além de garantir aos trabalhadores o direito à sindicalização e à negociação coletiva em casos de greve.


 


Já o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Simão, afirma que espera contribuir com estudos e medidas que possam “destravar” cada projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com as discussões sobre as reformas tributária e política.


 


Fonte: Agência Brasil