Após críticas, Argentina enquadra embaixador dos EUA no país
O governo argentino convocou nesta quinta-feira (24) o embaixador dos Estados Unidos em Buenos Aires, Earl Anthony Wayne, para expressar seu “desagrado” em relação a um informe do Departamento de Estado norte-americano, no qual se fala em “supostos perigo
Publicado 25/05/2007 16:04
Por ordem do chanceler argentino, Jorge Taiana, seu vice, Roberto García Motirán, convocou Wayne a comparecer à sede do Ministério das Relações Exteriores para que ele conhecesse, de modo formal, a opinião do governo de Néstor Kirchner a respeito do informe.
Em um comunicado, Taiana disse que os EUA, em sua arrogância, “se vêem no direito de julgar sociedades”, e, ainda que o informe se refira ao ano de 2006, “resulta inadmissível a continuidade de caracterizações que não correspondem à realidade”.
Disse ainda: “Em nossa opinião constituem apreciações que geram alarmes injustificados e que em nada agradam ao governo argentino”.
O que dizia o informe
O texto assinado corroborado pelo Departamento de Estado norte-americano advertia os turistas do país que aqueles que viajassem para a Argentina poderiam ser vítimas de seqüestros, acidentes de trânsito, roubos, protestos de rua e de sofrer com atrasos nos vôos internos.
O informe reconhece que a Argentina “teve uma importante recuperação”, após a crise de 2001-20, mas adverte que essa melhora “trouxe também um aumento no número de delitos nas ruas”.
O Departamento de Estado ainda recomenda cuidado no trânsito de Buenos Aires, “por sua velocidade excessiva”, e alertam para os freqüentes protestos ocorridos no país.
A chancelaria argentina diz que o comportamento dos turistas norte-americanos é a melhor resposta às sugestões do Departamento de Estado. Um documento mostra que o número de visitantes estrangeiros cresce a cada ano no país, com destaque para o número de vôos entre Buenos Aires e os EUA, que entre 2003 e 2006 sofreu um aumento de 52,1%.
Fonte: La Opinión