China e EUA assinam acordos de US$ 32 bilhões

Nas últimas três semanas a delegação chinesa de promoção comercial e investimento assinou, nos Estados Unidos, um total de 138 contratos e acordos relativos à aquisição e investimento em um total de US$ 32,6 bilhões de dólares, revelou na última quarta-fe

A delegação chinesa, liderada por Ma e composta por 369 representantes de 208 empresas, fez um giro de visitas a 25 cidades de 24 estados nos EUA, para promover o comércio e o investimento e assinar uma série de contratos e acordos.



O que atraiu a atenção da mídia chinesa é que a Companhia Hongyuan, especializada em tecnologia de luminiscência digital, assinou um contrato com a empresa americana I/O MAGIC que prevê o investimento de 95 milhões de dólares de Hongyuan, na criação de um centro de pesquisas e de uma fábrica nos EUA. O projeto foi o de maior investimento chinês fora de suas fronteiras.



Muitas empresas chinesas têm muito interesse em investir nos EUA, disse Ma Xiuhong, afirmando que o investimento da Hongyuan e de outras empresas chinesas nos EUA é um indício muito bom, que “mostra que há cooperação bilateral” e que não existem apenas empresas americanas investindo na China.



A vice-ministra também afirmou que acredita que serão cada vez mais numerosos esses investimentos bidirecionais, transformando-se em um fenômeno muito importante na cooperação econômica e comercial entre ambos os países.


 


EUA pressionam por desvalorização



Embora a mídia chinessa ressalte os valores negociados nos acordos, o Fórum de Diálogo Estratégico Econômico entre os dois países serviu para os EUA pressionarem o governo chinês, no sentido de diminuir o superávit comercial de Pequim com o país e de valorizar o iuan em relação ao dólar.



O presidente americano George W. Bush, se reuniu hoje (25), na Casa Branca, com a vice-primeira-ministra chinesa, Wu Yi, responsável pela política econômica chinesa para, segundo a mídia americana, “deixar claro à China” que os EUA estão avaliando a relação entre ambos os países.



Os EUA reclamam que o déficit comercial dos EUA com a China, que supera os US$ 233 bilhões, é “o maior desequilíbrio da história” do comércio americano com um só país.



Washington pressiona Pequim para que adquira mais produtos americanos, e exige que o governo “aumente a cotação do iuan” em relação ao dólar.



Insatisfação chinesa



O vice-ministro de Economia chinês, Zhu Guanyao, indicou em entrevista coletiva posterior, que as conversas entre EUA e China haviam sido concluídas “com sucesso”.



Zhu reiterou, no entanto, a “profunda insatisfação” de Pequim com as reclamações apresentadas pelos EUA contra a China, perante a Organização Mundial do Comércio (OMC), em relação à suposta “fragilidade” das leis chinesas sobre propriedade intelectual.