Pacto quer reduzir em 50% mortalidade materna no Ceará
Buscando baixar a taxa de mortalidade materna, a Secretaria de Saúde do Estado assinará o Pacto pela reduçao da mortalidade materna com secretários de saúde de todos os municípios do estado.
Publicado 25/05/2007 12:50 | Editado 04/03/2020 16:37
Em nove anos 1096 mulheres morreram no Ceará vítimas de causas relacionadas a gravidez e ao parto. De 1997 a 2005 a taxa de mortalidade materna não se alterou. Ficou em torno de 81 para 100 mil nascidos vivos. No desafio de baixar essa taxa em 50% até 2010, a Secretaria da Saúde do Estado aproveita o ¨Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna¨ – 28 de maio, próxima segunda-feira, 28, para assinar o ¨Pacto cearense pela redução da mortalidade materna¨, com secretários de saúde dos 184 municípios, representantes do Ministério Público Estadual e de entidades da sociedade civil. A assinatura do pacto será num encontro, na Escola de Saúde Pública do Estado, que ocorrerá das 9 às 17 horas de segunda-feira.
No encontro ocorrerá também a posse do Comitê Cearense de Prevenção da Mortalidade Materna, formado por 15 entidades da sociedade civil e 14 representações governamentais. ¨Somente com ações integradas entre Estado e Municípios e o envolvimento de entidades civis, iremos conseguir a queda significativa do indicador de mortalidade materna¨, afirma o Secretário da Saúde do Estado, João Ananias. No pacto, todos têm metas a cumprir. A primeira é capacitar 80% das equipes do Programa Saúde da Família sobre pré-natal de qualidade.
Outra meta é implantar também em 80% das equipes do PSF cursos para grávidas sobre educação para o parto e nascimento humanizado. Está entre as metas a implantação de berçários de médio risco ou UTIs neonatais em municípios estratégicos. Numa atitude preventiva, o pacto prevê capacitação de professores sobre saúde reprodutiva e prevenção da gravidez em 100% das escolas públicas do ensino médio. Pensando nas dificuldades financeiras, uma das metas do pacto é captar recursos financeiros para assegurar a ambiência e prática obstétrica e neonatal humanizados, seguras e baseadas em evidências científicas em 100% dos hospitais que realizam partos.
MORTALIDADE MATERNA
Ano/ 100.000 nascidos vivos
1997: 110
1998: 136
1999: 129
2000:112
2001:115
2002:129
2003:109
2004:125
2005:131
AS 10 METAS PARA REDUZIR A MORTALIDADE MATERNA
1. Capacitar 80% das equipes do PSF sobre pré-natal de qualidade.
2. Implantar em 80% das equipes do PSF cursos para grávidas sobre educação para o parto e nascimento humanizado.
3. Capacitar 80% de médicos plantonistas não obstetras de hospitais que realizam partos.
4. Capacitar 80% de enfermeiras e auxiliares de enfermagem que trabalham em sala de parto sobre práticas e atitudes de humanização do parto e nascimento.
5. Implantar o manual de boas práticas obstétricas em 100% de hospitais que realizam partos.
6. Captar recursos financeiros que assegurem a ambiência e obstétrica e neonatal humanizadas, seguras e baseadas em evidências científicas em 100% de hospitais que realizam partos.
7. Capacitar professores sobre saúde reprodutiva e prevenção da gravidez indesejada em 100% das escolas públicas do ensino médio.
8. Implementar a ação de 100% das centrais de regulação, visando a transferência em tempo hábil e segura de gestantes de risco e seus bebês.
9. Redimensionamento da necessidade de implantação de berçário de médio risco e UTIs neonatais, assegurando 100% de acesso de bebês em risco.
10. Implantação e capacitação de comitês de parto humanizado e prevenção da mortalidade materna em 100% dos municípios com 30.000 habitantes ou mais.
Informações na Assessoria de Comunicação e Informação da SESA: 85 – 87338213/ 31015221/5220
Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará