Cuba inicia negociação para comprar alimentos nos EUA

A empresa cubana Alimport e 265 representantes de uma centena de empresas norte-americanas iniciam nesta terça-feira (29) negociações para a compra de US$ 150 milhões de produtos alimentares dos EUA. As compras se valem de uma brecha criada no bloqueio es

As negociações, que vão até quarta-feira e programam os contratos do segundo semestre, tiveram a participação de cinco congressistas dos EUA, indicou Pedro Alvarez, o presidente de Alimport, a estatal cubana de importação de alimentos.  A Alimport “comprará entre US$ 100 e 150 milhões” de produtos alimentares disse Alvarez.



Uma brecha no bloqueio



O diretor da estatal agregou que o comércio já movimentou até hoje US$ 431 milhões. Entre os parceiros estadunidenses, contam-se 4.375 empresas, de 45 estados.



A imposição do pagamento à vista em dinheiro impõe à Ilha um custo adicional de US$ 110 milhões de dólares. Cuba, porém, encara o negócio como um modo de estimular a opinião pública e os meios políticos dos EUA em oposição ao bloqueio.
A empresa cubana compra principalmente frangos, milho, arroz e legumes. Alvarez avaliou que, caso sejam liberadas as condições restritivas em vigor, as cifras atuais podem dobrar ou triplicar.



Este comércio unidirecional – pois os EUA proíbem exportações cubanas – funciona como uma brecha no bloqueio norte-americano contra Cuba, imposto em 1962, três anos após a vitória da Revolução. Desde então, calcula-se que o bloqueio causou à economia cubana prejuizos da ordem de US$ 86 bilhões.



Da redação, com agências