Bolívia vive impasse entre os três poderes
O Congresso boliviano encerrou nesta quarta-feira (30) sem consenso a sessão para nomear os quatro novos juízes da Corte Suprema, e o impasse continua em meio a uma briga entre o governo do presidente Evo Morales e o Poder Judiciário. Os parlamentares dev
Publicado 31/05/2007 16:00
A única decisão de consenso foi sobre os critérios eliminatórios. Serão vetados candidatos que alguma vez tenham defendido narcotraficantes ou tomado decisões favoráveis a algum país ou empresa estrangeira. Também será eliminado quem tenha participado ou defendido ditaduras, ou quem já vulnerou os direitos humanos.
Ainda ficam fora da disputa candidatos que tenham parentesco em até quarto grau com o presidente, vice-presidente e membros do Congresso, bem como os que exerçam qualquer tipo de militância política.
Na próxima semana, o Congresso deve se reunir novamente para designar os novos juízes do Supremo, que substituirão os quatro exonerados pelo Tribunal Constitucional. A sentença do TC vem provocando um embate entre governo e Judiciário.
Evo havia nomeado quatro juízes interinos em dezembro, e o TC os destituiu no início de maio afirmando que o período de interinidade expirara. Alegando que o TC não tem competência para a destituição e citando a Justiça como “uma das instituições mais corruptas da Bolívia”, o presidente pediu então que o Congresso processasse os quatro ministros do Tribunal Constitucional.
Na última terça-feira, uma comissão do Congresso, liderada por um deputado governista, ordenou a prisão de quatro juízes do TC. Os membros do tribunal, em comunicado público, disseram que a ordem de detenção era um “atropelo” do Poder Judiciário e que os deputados não tinham atribuição legal para ordenar as detenções.
Da redação, com informações da Folha de S.Paulo