Balbina sedia curso internacional de aquicultura
Aproximadamente 300 pessoas, entre pesquisadores, estudantes, produtores rurais e membros de comunidades indígenas do Peru, da Bolívia, do Brasil, da Colômbia, da Venezuela e do Suriname, chegam nesta segun
Publicado 04/06/2007 12:16 | Editado 04/03/2020 16:13
Em sua sexta edição, o curso tem o objetivo principal de promover a troca de experiências na área de aqüicultura entre os países da região Amazônica, com ênfase na atualização e na exposição de conhecimentos sobre a criação de organismos aquáticos a partir da utilização de espécies nativas, como o tambaqui, o matrinxã, o pirarucu e o surubim.
A programação para os quatro dias do evento inclui cursos simultâneos de nível básico e avançado nas instalações da Manaus Energia, a realização de palestras temáticas com formação de grupos de trabalho e atividades práticas em propriedades no entorno de Balbina.
Nessa segunda-feira, o evento tem como destaque a palestra do pesquisador Newton Castangnolli, do Centro de Aqüicultura da Universidade Estadual Paulista (Caunesp), que abordará a produção sustentável de peixes amazônicos aliada a códigos de conduta responsáveis para a piscicultura. No mesmo dia, o secretário adjunto de pesca e aqüicultura do Amazonas, Geraldo Bernardino, um dos mais renomados especialistas da área no Brasil, participa de discussões sobre a propagação artificial de espécies na região.
Centro de referência
Segundo Bernardino, o encontro de especialistas em diferentes sistemas de produção facilita o acompanhamento do trabalho realizado em parceria com as espécies nativas, englobando também como alvo das discussões as estratégias de atuação nas áreas de extensão. Ele destaca também que atividades deste porte e a sustentação das parcerias entre as instituições participantes só têm a contribuir para consolidar ainda mais Balbina como centro de referência da aqüicultura regional.
“Neste ano, a previsão de produção da estação é de 15 milhões de alevinos de tambaqui e matrinxã, que abastecerão 48 unidades descentralizadas em diversos municípios amazonenses”, conta Bernardino. “Acredito que o acompanhamento das atividades dentro das políticas sustentáveis, que obedeçam ao manejo e ao aproveitamento genético, só tem a contribuir para a aqüicultura regional, e esse é justamente um dos focos da discussão”, conclui.
O VI Curso Internacional de Aqüicultura é promovido pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônica (Inpa) e pela Southern Illinois University Carbondale (SIUC), com patrocínio de órgãos públicos e federais, como a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap-PR). Além do secretário Geraldo Bernardino, a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) tem ainda no comitê organizador do evento as técnicas Nívea Geovana Feitosa e Ana Carolina Souza Sampaio, da Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa).
De Manaus,
Mariane Cruz