Instituto Benjamim Constant terá primeiro museu para cegos

O Instituto Benjamim Constant (IBC), localizado na Urca, será sede do primeiro museu adaptado para portadores de deficiência visual da América Latina. O projeto Museu Tiflológico vai promover o acesso dos deficientes visuais à cultura e constituir um e

O IBC, principal centro de referência para questões da deficiência visual do país, já teve o projeto aprovado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A proposta se adequa aos  padrões da Lei Rouanet, dispositivo legal de incentivo à cultura que dá alíquotas de isenção fiscal aos patrocinadores de projetos culturais.



O instituto está em negociação com estatais como Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Furnas Centrais Elétricas S/A e Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás) para conseguir financiamento. Segundo a vice-diretora do IBC, Maria da Glória Almeida, o orçamento do museu, fechado em  R$ 3,2 milhões, dificulta a implementação do projeto. “Como a obra é muito cara, tem sido penosa a tarefa de angariar fundos”, explica.



Maquetes



A vice-diretora do IBC destaca as maquetes dos principais monumentos do Rio de Janeiro, como o Corcovado e os Arcos da Lapa, entre outros. “Eles deixarão de ser apenas palavras para aqueles que não enxergam e passarão a adquirir significado. Isso beneficiará, principalmente, as crianças cegas que conhecerão o mundo que as cerca”, explica.



Também está reservado um espaço no 3º andar do IBC, que terá cinco núcleos: Sala Nossa História, Sala de Maquetes, Exposição de Objetos Tiflotécnicos, Sala de Exposições e Capela Santa Luzia. Os corredores de acesso abrigarão exposições de fotografias antigas.