Tânia Soares abre discussão sobre a rede ferroviária de Sergipe na AL
A deputada estadual Tânia Soares (PC do B) propôs, ontem, que a Assembléia Legislativa abra uma discussão sobre a rede ferroviária do Estado de Sergipe. “O debate sobre este assunto ganha relevância neste momento em que notícia veiculada na imprensa re
Publicado 04/06/2007 18:35 | Editado 04/03/2020 17:21
A deputada demonstrou preocupação diante da informação, afinal, o produto transportado por trem ou por navio apresenta custo menor que o transportado pelo sistema rodoviário. O término do contrato, segundo a matéria teria ocorrido em 31 de maio e acarretaria no aumento de preços dos combustíveis no Estado. A deputada explicou que o combustível de Sergipe é mais barato que em Alagoas, por exemplo, porque o transporte é feito por ferrovia.
“Precisamos fazer um estudo e saber por que motivos a Ferroviária Centro Atlântica não renovou o contrato com a Petrobras”. Tânia informou que a empresa Ferroviária se colocou à disposição para discutir com a Assembléia Legislativa sobre a renovação do contrato e prestar esclarecimento. “Também irei procurar os representantes da Petrobras para obter mais informações”, disse a deputada.
Ela disse que depois de décadas de baixo crescimento, a indústria ferroviária tem o maior pacote de investimentos da história. Segundo informações da revista Carta Capital, nos últimos 10 anos a produtividade da malha brasileira cresceu em 94%. Mais de 400 milhões de toneladas de carga foram transportadas durante o ano de 2005. Neste mesmo ano, 7.500 vagões fora fabricados nacionalmente, o que representa um recorde. A matéria mostra que isso ainda é pouco para atender à demanda desencadeada pelas exportações de commodities agrícolas e metálicas.
A comunista ressaltou a disposição do governo federal em investir na malha ferroviária por meio de diversos incentivos e lembrou de que antes da privatização, as ferrovias públicas recebiam investimentos e subsídios. “Com a privatização há um único objetivo de se investir que é o lucro. Por isso precisamos aprofundar esta discussão para saber como poderemos criar mecanismo de investimento da nossa malha ferroviária ou através de recursos públicos e podemos incrementar ou induzir a esse investimento”, acrescentou.
Por Alberto Marques