Lula: “Integração do São Francisco manterá açudes cheios “
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (11), que os açudes nordestinos não vão mais secar com o projeto de integração do rio São Francisco com as bacias hidrográficas do Nordeste setentrional.
Publicado 11/06/2007 12:35 | Editado 04/03/2020 16:37
“Nós vamos deixar os açudes perenes. Não vai ter mais aquela dos açudes, na época da seca, ficarem vazios, ou seja: vamos deixar os açudes sempre cheios”, disse Lula no programa de rádio Café com o Presidente.
As obras do projeto já começaram. Serão construídos dois canais – o Eixo Norte e o Eixo Leste – que levarão água do rio para os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O Eixo Norte sairá do município pernambuco de Cabrobó, percorrerá 400 quilômetros até os rios Salgado e Jaguaribe, no Ceará; Apodi, no Rio Grande do Norte; e Piranhas-Açu, na Paraíba e Rio Grande do Norte. Já o Eixo Leste começa na barragem de Itaparica, em Floresta, Pernambuco, com destino ao Rio Paraíba, no estado da Paraíba. O segundo canal terá 220 quilômetros, de acordo com o Ministério da Integração Nacional. De acordo com o presidente Lula, 12,5 milhões de nordestinos que vivem no semi-árido serão atendidos.
O ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, que participou do programa de rádio, garantiu que a interligação do São Francisco não prejudicará os estados doadores, de onde será retirada a água. Segundo o ministro, apenas 1,4% da vazão do rio serão transportados pelos canais, volume que já era jogado no mar.
“Esta obra é fundamental para resolver o problema de milhões de brasileiros na Paraíba, Pernambuco, Ceará e no Rio Grande do Norte e nenhum prejuízo para estados como a Bahia, como Minas Gerais, como Alagoas e como Sergipe. Muito pelo contrário, está estimulando o nosso governo a fazer investimentos que serão fundamentais para preservação através do programa de revitalização do Rio São Francisco”, afirmou Geddel Vieira Lima.
“Retirando apenas 1,4% da água do Rio São Francisco, aquela água que já vai ser jogada no mar, vai ser perdida. Portanto, nenhum prejuízo causado ao rio”, completou.
O ministro inicia hoje viagem ao longo do rio, da nascente à foz, para explicar o projeto às comunidades ribeirinhas.
Fonte: Agência CUT de notícias