PCdoB de Cachoeiro de Itapemirim no ES terá candidato a prefeito em 2008

Em Cachoeiro o PC do B, já busca soluções não só nas coligações proporcionais, mas também na majoritária. Naturalmente que além de o partido trabalhar para ter chapa completa de vereadores, a novidade será a possibilidade de lançar, de maneira inédita, um

Ilauro Oliveira*


 


Vem chumbo grosso aí para atingir à queima roupa os partidos pequenos. Depois de três anos em tramitação, finalmente começa nesta semana a votação da Reforma Política. Empurrada com a barriga, até então, a dita cuja tem quatro pilares: fidelidade partidária, o fim das coligações nas eleições proporcionais, o financiamento público de campanha e a lista fechada.


 


Para esses dois últimos pontos não há consenso. Mas é pule de dez que os dois primeiros passem e se tornem válidos já para 2008.  Partidos com maiores bancadas, como PMDB, PT, DEM(ex-PFL) e PSDB, comungam do mesmo pensamento, tornando assim os temas em questão plenamente viáveis.


 


No caso da fidelidade partidária, não há como empurrar mais, até porque a decisão do Congresso estaria em desacordo com o que já foi definido pelo TSE, ou seja, o mandato é do partido e não do candidato. Mas tem mais: a permissão para que políticos com mandato continuem mudando de siglas ao bel prazer prejudica a todos, inclusive aos grandes. Vide o DEM e o PSDB que perderam juntos 15 parlamentares em curto espaço de tempo. Então esse freio é urgente.


 


Já o fim das coligações proporcionais também deve passar. E por um motivo bem simples: a medida prejudica exclusivamente os partidos pequenos. Com essa proposta, os partidos menores terão que formar quadros para a disputa eleitoral, contando para isso com seus argumentos e de suas posições políticas já que a coligação não terá influência na definição de quem será eleito, ou seja, quem teve mais voto terá o mandato.


 


Especialistas consideram que um dos pontos considerados positivos é que o fim das coligações vai proporcionar a real dimensão eleitoral dos partidos. Já nos pontos considerados negativos, os partidos que têm fraca expressão eleitoral tendem a permanecer com pouca representação. De uma forma ou de outra, a verdade é que a medida atinge o coração dos partidos menores e por isso não deverá ter dificuldades em passar.


 


Essas medidas trarão reflexos imediatos. Aqui em Cachoeiro o PC do B, aliado histórico do PT, já busca soluções não só nas coligações proporcionais, mas também na majoritária. Naturalmente que além de o partido trabalhar para ter chapa completa de vereadores, a novidade será a possibilidade de lançar, de maneira inédita, um nome a prefeito na cidade.


 


A compreensão do partido é de que se junto com outras siglas não haverá nenhum benefício na construção de uma chapa proporcional, porque razão então dar o seu tempo de televisão (um minuto) para enriquecer uma candidatura alheia a prefeito? Os comunistas ainda não têm um nome, mas a procura já começou.


 


Mas há outra vertente. O partido em nível nacional em franca expansão e daí sugere aos seus diretórios táticas mais ousadas. O crescimento do PC do B pode ser verificado com a eleição de Inácio Arruda, segundo comunista eleito a senador em toda a História política brasileira. Antes dele só o lendário Luiz Carlos Prestes.


 


A preocupação dos comunistas cachoeirenses tende a ser a dos demais partidos caso realmente o fim das coligações seja aprovado, podendo com isso trazer reflexos maiores no pleito futuro. Pois nessa nova ótica, será muito dificil que partidos pequenos tenham representantes na Câmara Municipal em 2009.


 


Portanto é bom que se preparem para o fim das coligações. Porque é como diz a Lei de Murphy “se há possibilidade de alguma coisa dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de forma a causar o maior estrago possível”.


 


*Ilauro Oliveira é Graduado em História.