Jornada de Lutas da Conam leva 2 mil a Brasília

Duas mil lideranças comunitárias de todo o país participaram na manhã desta quarta-feira (13) de uma marcha em defesa da habitação popular, educação, saúde e do desenvolvimento. A marcha finaliza um processo iniciado em abril pela Confederação Nacional da


Segundo o presidente da Conam, Vander Geraldo, a pressão dos movimentos sociais vem no sentido de pressionar, principalmente, pelo aumento dos recursos para o Fundo Nacional de Habitação e Interesse Social, que é o fundo que atende quem ganha de zero a três salários mínimos e que corresponde a 80% do déficit habitacional. “Precisamos garantir os recursos que estão no PAC mas que estão sem controle social. Estamos lutando para que os recursos da habitação no PAC estejam sob controle social e também pela desburocratização dos programas da Caixa Econômica Federal”, afirmou.


 


“O próprio Feirão da Caixa não atende quem tem renda abaixo de cinco salários mínimos. Atende apenas quem ganha mais. E hoje, 92% do déficit de habitação é composto justamente de quem tem essa renda e que não está sendo atendido pelo Feirão”, denunciou.


 


Mas a pauta de reivindicação das lideranças comunitárias vai além da habitação: “Estamos lutando pela regulamentação da Emenda Constitucional 29, que garante recursos mínimos para a saúde pública, por mais recursos para os programas de combate à fome, pela realização de uma Conferência Nacional de Educação, para que os movimentos sociais tenham assento no Conselho Nacional de Educação, e por políticas públicas de criação de novos postos de trabalho”, explicou o líder comunitário paulista.


 


Terminada a marcha, o movimento tem uma agenda de audiências em ministérios. Entre eles, o da Educação, das Cidades e das Comunicações. “Com o Ministro Hélio Costa queremos debater a questão das rádios comunitárias. Somos contra a criminalização das rádios da periferia e das associações de moradores. O crime organizado não está alocado apenas nas rádios comunitárias, mas também no Judiciário e no Legislativo”, disse.


 


De Brasília,
Mônica Simioni
Gustavo Alves