Metrô de SP pára a partir da meia noite desta quarta (13)

Em assembléia, realizada na noite desta quarta (13), cerca de 1.500 metroviários de SP decidiram por unanimidade entrar em greve por tempo indeterminado. A ação é uma resposta às medidas da Companhia do Metrô e do governo do Estado que propõem uma redução

Em correspondência enviada ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo na noite desta quarta a empresa e o governo propuseram redução do índice de reajuste de 3,59%, que já não contempla a atualização de benefícios, para 3,37% com incidência sobre os benefícios adquiridos pela categoria. Os trabalhadores defendem o aumento real a título de produtividade de 9,98% mais reajuste salarial de 3,09% de acordo com o Índice de Custo de Vida (ICV) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).


 


Além do reajuste salarial, os trabalhadores também reivindicam salário igual para funções iguais, 36 horas para o quadro operativo, aumento do quadro de funcionários através de concurso externo, concurso interno e a readmissão dos metroviários Paulo Roberto Pasin (vice-presidente do sindicato), Pedro Augustinelli Filho (secretário geral), Alex Adriano Alcazar Fernandes (secretário de Esporte, Cultura e Lazer), Ronaldo Campos de Oliveira (secretário de Saúde e Condições de Trabalho) e Ciro Morais dos Santos (membro do Conselho Fiscal) exonerados por Serra desde o dia 23 de abril em função das manifestações contra a Emenda 3, reivindicação também mantida na pauta desta greve da categoria.  


 


Segundo Flávio Godoi, presidente do sindicato, a decisão tomada por unanimidade reforça a mobilização para que a paralisação seja integral a partir da zero hora desta quarta. “A assembléia teve muita unidade. Todos concordaram que a situação está muito complicada, quase que insustentável para os trabalhadores. Acredito que amanhã a adesão será integral a greve”, falou Godoi ao Vermelho.
 


Nesta quinta (14) haverá uma nova assembléia do sindicato que avaliará o primeiro dia da greve e as possibilidades de restabelecer as negociações com a empresa e com o governo do Estado.
  


Principais reivindicações dos metroviários


 


1. Reajuste salarial de 3,09% (ICV/Dieese).
2. Aumento real a título de produtividade de 9,98%.
3. Salário igual para funções iguais.
4. 36 horas para o quadro operativo.
5. Aumento do quadro de funcionários através de concurso externo.
6. Concurso interno.
7. Reintegração dos diretores demitidos.