CSC denuncia atentado ao direito de greve da APLB-Bahia

A Corrente Sindical Classista (CSC) lançou nota nesta quinta-feira (14) declarando total apoio à greve dos professores baianos iniciada no dia 8 de maio e liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Além do apoio, a no

O motivo que levou a greve que já dura há 38 dias foi, entre outras questões, a insatisfação dos trabalhadores com a proposta do governo de reajustar os salários em  apenas 4,5% para os professores licenciados. Segundo o sindicato, o governo com essa medida divide os trabalhadores e desrespeita a relação interníveis, vez que os professores não licenciados ou com licenciatura curta terão um reajuste de 17,28% .


 


A APLB defende um reajuste salarial de 17,28% para toda a categoria e lembra o governo que de acordo com estatísticas do Dieese as perdas salariais acumuladas nos último 12 anos ultrapassam os 80%.


 


Veja abaixo íntegra da nota da CSC.         



 


Total apoio à greve dos professores baianos


 


Reunida em São Paulo na última quarta-feira (13-6), a Coordenação Executiva da Corrente Sindical Classista (CSC) decidiu reiterar e externar sua posição de total apoio e solidariedade à greve dos professores e trabalhadores da educação da rede estadual da Bahia, deflagrada dia 8 de maio. Apesar da tentativa do governo de dividir a categoria, propondo reajustes diferenciados, o movimento obteve a adesão massiva das bases, o que revela a justeza das reivindicações defendidas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB).



 


A CSC repudia as iniciativas visando criminalizar a greve e considera descabida a decisão do juiz titular da 5ª Vara da Fazenda Pública da Bahia, Manoel Ricardo Calheiros D´Ávila, que considerou a paralisação ilegal e determinou uma multa diária de 20 mil reais contra a APLB-Sindicato enquanto o movimento perdurar, em resposta a uma ação civil impetrada pelo governo baiano. Trata-se de uma restrição inaceitável ao direito de greve previsto na Constituição Federal, que deve ser defendido com firmeza pelo movimento sindical, não pode ser negado pela Justiça e tem de ser respeitado pelas autoridades constituídas.


 


O governador Jacques Wagner, ex-sindicalista que foi eleito com amplo apoio dos movimentos sociais e partidos de esquerda numa disputa acirrada contra a direita neoliberal capitaneada por Antonio Carlos Magalhães, precisa rever seu posicionamento neste conflito, retirar a ação encaminhada à Justiça contra os trabalhadores, restabelecer imediatamente o diálogo e procurar uma solução negociada que contemple os legítimos interesses da categoria.


 


A CSC manifesta sua solidariedade ao presidente da APLB-Sindicato, companheiro classista Rui Oliveira, principal liderança do movimento, que chegou a ser ameaçado de prisão. A greve dos professores baianos integra-se ao movimento mais amplo da classe trabalhadora em defesa do direito à greve e à negociação, direito este que deve ser irrestrito e abrangente, envolvendo todas as categorias que constituem a classe trabalhadora brasileira e estendendo-se, sem mais delongas, aos servidores públicos.


 


São Paulo, 13 de junho de 2007.


Coordenação Executiva Nacional da Corrente Sindical Classista (CSC)


 


Mais informações: http://www.aplbsindicato.org.br/index.php