Gontijo nega que empresa tenha financiado pensão paga por Renan

Em depoimento à Comissão de Ética do Senado, na noite desta segunda (18), o funcionário da construtora Mendes Júnior, Claudio Gontijo, negou ter feito qualquer repasse de valores ao senador Renan Calheiros -seja para o pagamento de pensão da filha do s

“Não existe, nem nunca existiu, um único centavo meu ou da construtora Mendes Júnior no dinheiro entregue pelo senador Renan (Calheiros) à jornalista (Mônica Veloso)”, disse Gontijo, em resposta ao senador Valter Pereira (PMDB-MS), para negar na seqüência qualquer repasse à campanha Renan ao Senado.


 


Segundo Gontijo, o dinheiro entregue à jornalista pertencia unicamente ao senador Renan Calheiros e que ele (Gontijo) faria apenas a entrega mensal da quantia estabelecida.


 


“No início, seriam R$ 8 mil e até dois meses ou um mês antes da filha (da jornalista com o senador Renan) nascer ela (Mônica Veloso) afirmou que estaria recebendo muitas ameaças e que precisaria de segurança”, disse Gontijo.


 


O pedido de Mônica Veloso teria levado Gontijo a propor uma parcela mensal extra de R$ 4 mil, perfazendo um total de R$ 12 mil, mas negou ter indicado diretamente o serviço de proteção pessoal à jornalista. Segundo o funcionário da construtora Mendes Júnior, o senador Renan Calheiros reclamou a princípio, mas acabou aceitando o novo valor.


 


Gontijo afirmou ainda nunca ter feito depósitos em cheque na conta de Mônica Veloso, apenas em espécie, a partir de março de 2003. Numa segunda etapa, afirmou ter feito a entrega das diretamente à jornalista, em mãos.


 


Amizade


 


Gontijo disse ao Conselho de Ética do Senado que, a pedido de Renan Calheiros, recebeu Mônica Veloso diversas vezes em seu apartamento no Hotel Blue Tree, em Brasília, para tratar de assuntos relativos à pensão da filha da jornalista com o senador.


 


Indagado pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO) sobre a veracidade de sua relação com Renan e Mônica Veloso, Gontijo afirmou conhecer o senador desde 1987, mas negou também que o envolvimento tivesse relação com emendas de recursos orçamentários a obras geridas pela construtora Mendes Júnior.


 


“Conheço o (senador) Renan desde 1987, quando trabalhava na Santa Bárbara Engenharia”, disse Claudio Gontijo. “Mas todos os nossos contratos são fruto de licitações, não teria cabimento, nem teria como um parlamentar fazer qualquer pedido em um de nosso contratos de uma obra federal”, concluiu.


 


Com informações da Agência Brasil