27º Congresso da Uces (Campinas-SP) marca sua reconstrução

Palco de históricas lutas populares, a estação ferroviária (atual Estação Cultura) incorporou mais um momento glorioso ao seu currículo, no último domingo (17): o 27º Congresso da União Campineira dos Estudantes Secundaristas (Uces)que reuniu 620 jovens,

O novo presidente da Uces, Carlos Henrique Estevam (Cacau) aponta o grande desafio da entidade: ''Construir um movimento forte e consolidado para transformar e colocar os estudantes novamente nas ruas de Campinas'', disse. Para ele, este foi o maior congresso da história da enetidade, com destaque para a participação dos estudantes que trouxeram propostas ''fruto de um movimento real de mobilização que aconteceu nas escolas''.


 


O presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Thiago Andrade, acredita que os campineiros fizeram um congresso vitorioso apesar das dificudades na organização.  ''Mas a gente foi quebrando barreiras e evolvendo a turma na preparação. Foi um evento que emocionou os militantes mais antigos. Essa turma é muito nova, mas traz uma forte indignação e uma grande vontade de mudar'', afirmou.


 


O diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Osvaldo Lemos, que presidiu a Uces nos anos 2001-2003, destaca a importância da retomada das lutas do movimento estudantil em Campinas. Ele afirma que, tanto na época em que foi presidente quanto atualmente, os estudantes mantêm lutas históricas do movimento, como passe-livre, educação de qualidade, e também questões particulares de Campinas como a retomada da sede da Uces (Casa do Estudante) – espaço de referência da juventude, onde os jovens podem se organizar e se reunir.


 


Para Osvaldo, este é um congresso vitorioso porque marca uma geração que vai reconstruir sua história sem deixar de lado a luta por mudanças mais profundas no país – como a democratização dos meios de comunicação e a emancipação dos trabalhadores e das mulheres. ''O congresso reúne esse sentimento, esse espírito, de colocar isso em prática no dia-a-dia dos estudantes'', disse.


 


A ex-diretora da Uces nos anos 1997-99, Renata Petta, lembra que a entidade já viveu um momento de ascensão, quando era determinante para a vida política e para o movimento estudantil de Campinas, uma época em que havia muitos grêmios fortes e a participação de muitas lideranças e forças políticas municipais.


 


''Como este congresso marca a reconstrução, é possível perceber que o movimento ainda está embrionário, o que é natural. Naquela época a Uces tinha uma sede, uma diretoria reunia muitas forças. A representatividade deste congresso demonstra as condições para superação da fase atual com a retomada do vigor e da importância do movimento estudantil em Campinas'', destacou.


 


Além de Tiago, Renata e Osvaldo, a mesa de abertura do Congresso foi composta por outros presidentes da entidade, como Gustavo Petta, atual presidente da UNE, que presidiu a Uces nos anos 1997-1998; Nino Fonseca, presidente entre 1999-2000; Danilo Garcia, da Juventude do PMDB, Cláudio Quércia, presidente do PMDB/Campinas; João Raimundo (Kiko), presidente do PCdoB/Campinas; o vereador Sérgio Benassi, representando a Câmara Municipal; Márcia Quintanilha, do Sindicato dos Jornalistas; Thiago Ferrari, subprefeito de Barão Geraldo e Amira Camargo, da Coordenadoria de Juventude da prefeitura.


 


De Campinas,
Agildo Nogueira Jr