PM cumpre liminar de reintegração da Unesp em Araraquara

Policiais militares da Tropa de Choque e da Força Tática do 13º Batalhão de Policiamento do Interior (BPM/I) cumpriram, por volta de 1h30 da madrugada desta quarta-feira (20), a liminar de reintegração de posse do campus da Unesp (Universidade Estadual Pa

Mais de 100 alunos que ocupavam desde a noite do último dia 12 a sala da diretoria do prédio da FCL (Faculdade de Ciências e Letras) foram pegos de surpresa pelos policiais. Segundo a assessoria de imprensa da Unesp, os estudantes obedeceram a ordem judicial após um longo diálogo com o diretor da instituição, Cláudio Gomide, e saíram de mãos dadas, em fila, do prédio. A universidade afirma que não houve emprego da força física para o cumprimento da reintegração.


 


O diretor da Unesp de Araraquara já havia registrado boletim de ocorrência no dia da ocupação e pediu reintegração de posse na Justiça no dia 14 de junho.


 


Os 92 estudantes, segundo a Unesp, foram levados em dois ônibus ao 4º Distrito Policial, onde foram liberados após serem ouvidos, acompanhados por um representante da OAB de Araraquara. Apesar de nenhum dos depoentes ter reclamado de danos corporais, todos foram submetidos a exames médicos por decisão do delegado titular. Eles devem responder por invasão de patrimônio público e desobediência.


 


Dos 180 soldados da PM que participaram da reintegração de posse do prédio da Faculdade de Ciências e Letras, 30 eram de São Paulo, que foram reforçar a polícia local na operação de retirada dos estudantes.


 


Segundo a instituição, a ocupação ocorreu porque os estudantes não concordaram com o encerramento da greve de docentes decretada um dia antes.


 


A unidade tem 3.100 alunos. Além de Araraquara, mais quatro unidades da Unesp estão ocupadas por estudantes: Ourinhos, Assis, Rio Claro e Franca.


 


Ocupação da USP


 


Em nota divulgada nesta quarta (20), a reitora da USP, Suely Vilela, reafirmou que não vai se reunir mais com os estudantes que ocupam o prédio da reitoria desde o dia 3 de maio.


 


Os estudantes tinham enviado nova carta à reitora nesta quarta, em que pedem novamente uma reunião para negociar as condições de saída do prédio. Em 12/6, um indicativo de fim de greve foi aprovado pelos manifestantes, mas os alunos condicionam a saída do prédio ao cumprimento de quatro pontos:



 


1. A não-punição de estudantes e funcionários envolvidos nas atividades políticas de greve e da ocupação;


 


2. Manutenção de todos os pontos da última contraproposta da reitoria;


 


3. Audiência pública para discutir o Inclusp (Programa de Inclusão da USP);


 


4. A elaboração de uma estatuinte, que será organizada a partir de uma comissão paritária composta de professores, estudantes e funcionários.


 


Leia a íntegra do comunicado da reitora:


 


A posição da reitoria, após a última reunião realizada com representantes de alunos e funcionários, em 4/6/2007, é a de que não haverá negociação com os ocupantes sem a prévia desocupação do prédio.


 


A pauta específica dos funcionários será tratada logo após a desocupação e retomada das atividades na reitoria.


 


Assim, esclarecemos que a reitoria não agendou reunião de negociação.