CEMJ lança livro sobre relações sociais do esporte

O resultado de um trabalho de pesquisa inédito no Brasil foi lançado nesta quarta-feira (27), às 19h, no Rio de Janeiro. O livro Memória do Esporte Educacional Brasileiro, desenvolvido pelo Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) em parce

O livro é produto de pesquisa, levantamento de dados e informações sobre a história do esporte estudantil brasileiro – JUBs e JEBs. Elaborado pela doutoranda em História pela UFF, Elisa de Campos Borges, e pelo historiador e mestre em Ciência Política pela Unicamp, Augusto Buonicore, o estudo reúne e aprofunda a história de cem edições dos jogos no país.


 


A cerimônia de lançamento contará com a presença do presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta,  do presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Tiago Franco, além de gestores e intelectuais de esporte e juventude.


 


Esporte: educação ou alto rendimento


 


O livro traça a finalidade e o impacto dos JUBs e JEBs no Brasil. Os principais pontos de destaque do documento são as duas políticas predominantes nos jogos: o esporte em seu aspecto social, educacional e de convivência, e os jogos como formadores de atletas de alto-rendimento.


 


De acordo com a autora, muitos consideram polêmica a diferença de visão sobre o esporte. ''O livro não traz juízo de valor, mas indica qual foi o pensamento predominante em cada edição dos jogos. Embora as duas visões sejam importantes, o desporto na juventude é marcado pela do rendimento'', afirma.


 


O presidente do CEMJ, Fábio Palácio, acredita que, atualmente esse é o principal debate na área, e opina. ''Precisamos ampliar mais o caráter participativo, social e educativo dos jogos. O esporte deve ser para todos. Com esse pensamento, ajudamos inclusive a identificar um maior número de atletas de rendimento'', diz.


 


Na conclusão da pesquisa, os autores fazem uma sugestão aos gestores e responsáveis pela documentação dos eventos. ''A maioria das informações que encontramos eram apenas resultados das competições. É preciso que nos relatórios sobre os jogos constem também os aspectos sociais, culturais, para que o evento não seja visto apenas como um 'torneiozão''', ressalta Elisa Borges.


 


O Ministério do Esporte destinou R$ 250 mil para o projeto. Para o presidente do CMEJ, a parceria foi fundamental para resgatar a memória esportiva entre os jovens brasileiros e desenvolver políticas nesta área. ''A juventude precisa conhecer o importante papel desempenhado por ela ao longo dos anos. Ela é a mola precursora de mudanças sociais positivas. Sem o conhecimento sobre seu passado e sua luta, ela fica sem identidade e perde esse grande potencial'', diz Palácio.


 


Sobre o CEMJ


 


O Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) é uma organização não-governamental cuja principal finalidade é promover estudos sobre juventude e resgatar sua memória social, cultural, política e econômica no Brasil.


 


Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério do Esporte.