Com Casagrande e Quintanilha, caso Renan pode andar de novo

Com a indicação do senador Renato Casagrande (PSB-ES) como novo relator do processo, pelo novo presidente do Conselho de Ética do Senado,  Leomar Quintanilha (PMDB-TO) reestabeleceu-se o quadro de responsáveis pela investigação das denúncias da revis

O senador disse que não tem oposição ao relator escolhido. “Isso não é problema meu, é problema do conselho. É o conselho que vai decidir quem será o relator”, afirmou Renan. “Não cabe a mim, como presidente do Senado, decidir sobre relatoria”, declarou.



O nome de Casagrande foi proposto por Quintanilha na mesma sessão que o elegeu presidente do conselho na noite de quarta-feira (27). Reticente, a princípio, ele terminou aceitando a tarefa, que passou por turbulências nos últimos dias, com um relator se licenciando, por problemas de saúde, e o segundo renunciando um dia depois de assumir.



Quintanilha, um peemedebista com breve passagem pelo PCdoB (do qual se desfiliou depois de concorrer ao governo do Tocantins em 2006), estuda também a possibilidade de escolher outros dois relatores. Ele elegeu-se presidente do Conselho de Ética do Senado ao vencer por nove votos a seis a disputa com o tucano Arthur Virgílio (PSDB-AM), que tinha o apoio do líder do DEM, Agripino Maia.



Renan: “Eu já tive pressa”



Ao falar para os jornalistas, Renan Calheiros se declarou disposto a comparecer ao conselho para depor.  “Se for preciso ir ao conselho, eu vou. Não há problema. Eu já tive pressa, mas acho que a maior pressa a partir de agora é com a comprovação dos fatos”, afirmou.



Ele criticou seus acusadores, a jornalista Mônica Veloso e o advogado dela, Pedro Calmon. “Cada dia está ficando mais claro essa coisa da chantagem, da gravação. Disseram que não havia perícia, está demonstrado que há perícia. O Brasil aos poucos está tomando conhecimento de tudo isso”, afirmou, em referência às gravações entregues por Calmon ao Conselho de Ética, ontem à noite (27).



Renan também elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em cerimônia hoje pela manhã no Ministério Público Federal, pediu mais cuidado para que pessoas sob investigação não sejam prejulgadas. “Mais do que qualquer ligação política que nós tenhamos, o presidente Lula é, sobretudo, um grande amigo, uma pessoa que tem comigo o melhor relacionamento.”



Da redação, com agências