Roriz nega tudo em discurso no Senado

O senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), em discurso para um plenário esvaziado, negou nesta quinta-feira (28) as acusações de que teria negociado R$ 2,2 milhões de origem não conhecida.Ele sustentou que apenas pediu dinheiro emprestado ao empresário Constantin

“Quem nunca pediu empréstimo a um amigo?”, questionou Roriz. Disse que tem todos os documentos para provar o negócio. E exibiu duas folhas de papel em branco, com a sua assinatura,  permitindo que a Polícia Federal escreva o “texto que achar conveniente, para pesquisar em qualquer lugar do mundo, se tem alguma conta bancária que não seja a do Senado”.



O senador se disse “temente a Deus”. Afirmou que a oração lhe deu força para enfrentar “as maldades que doem no coração de um homem cristão”.



Roriz usou as acusações contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como argumento em sua defesa. “A imprensa, quando quer, massacra, destrói. Veja o que está acontecendo com nosso amigo, o presidente dessa Casa. Será que é justo tanta maldade?”, questionou. Renan, que responde a processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, não assistiu ao pronunciamento do senador brasiliense.



Na última quarta-feira, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou que, em tese, há indícios de que o senador Roriz quebrou o decoro parlamentar. “Em tese, já houve quebra de decoro e, portanto, já pode ser aberto processo no Conselho de Ética”, disse.  Ao comentar o trecho das escutas telefônicas nas quais Roriz aparece conversando com ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tuma afirmou: “Achei tudo uma loucura. Se for verdade, é uma falta de escrúpulos total.”



Da redação, com agências