Mercosul toma medidas contra exclusão social e desigualdades

A exclusão social e as desigualdades nos países que integram o Mercosul levaram os governos do bloco a definir medidas efetivas durante a 33ª cúpula presidencial realizada na sexta-feira (29) em Assunção, Paraguai. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva r

Lula sugeriu seguir com “criatividade e ambição” para alcançar o desafio de “uma globalização simétrica” e tirar proveito da oportunidade que a produção de biocombustíveis oferece. Em resposta a este último ponto, o presidente boliviano, Evo Morales, declarou que a revista The Economist deu razão ao presidente cubano Fidel Castro em relação ao encarecimento da alimentação devido ao desenvolvimento dessa fonte de energia.


 


A Venezuela deixou na cúpula uma mensagem de adesão ao Mercosul, mas sem sacrificar a sua economia na negociação de tarifas. A delegação venezuelana foi a que mais enfatizou que o processo de integração regional não pode ser um sacrifício para os povos – mas, sim, um oportunidade que reconheça as diferenças nos níveis de desenvolvimento.


 


Já o presidente anfitrião, Nicanor Duarte, declarou que os Fundos de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) são um elemento chave para “erradicar a pobreza e a exclusão social”.


 


Canais “verdes”


 


A cúpula concluída nesta sexta-feira apurou a concretização de projetos, cerca de 15, que beneficiam principalmente os setores do Paraguai e do Uruguai, e lançou o financiamento para as pequenas e médias empresas de todos os países do bloco. Mas as medidas efetivas para alcançar tais objetivos serão definidas no segundo semestre do ano, durante a presidência de turno que o Uruguai recebeu hoje do Paraguai.


 


O conselho do Mercado Comum (chanceleres e ministros) convocou seus técnicos para definir medidas de facilitação alfandegária, que não demorem os embarques de mercadorias originária do bloco, através de canais “verdes” para liberar rapidamente os produtos.


 


Em relação à União Aduaneira, segundo fontes diplomáticas argentinas, há quatro capítulos definidos. No texto final, haverá alguns temas que seguem sob as normas nacionais, como o fato de que o contrabando na Argentina seja um delito e que no Brasil seja uma infração.