Bolsa-Atleta contribuiu com 87 para equipe do Pan

A delegação brasileira que vai disputar os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro inclui 87 atletas bolsistas de um total de 659 classificados, ou seja, 13,2% do total. A maior parte dos competidores, que recebem o benefício do programa Bolsa Atleta, é

Os dados são resultado de um cruzamento de informações feito pela Agência Brasil com base na última lista de classificados nos Jogos Pan-Americanos e na relação de bolsistas do Ministério do Esporte. Em número absoluto, as modalidades de beisebol e esgrima possuem a maior quantidade de atletas bolsistas. O beisebol terá uma delegação de 20 atletas, sendo que a metade deles recebe o benefício na categoria internacional, no valor de R$ 1,5 mil. A esgrima terá nove de um total de 16 competidores no Pan.



No critério proporcional, duas modalidades têm maior destaque entre os bolsistas atletas: caratê, com seis de um total de nove, uma proporção de 66,6%; a mesma proporção encontrada no tênis de mesa, em que quatro bolsistas de seis vão competir no Pan. Na seqüência, estão, proporcionalmente, esgrima (56,3%), beisebol (50%), pentatlo moderno (50%), canoagem (38,9%) e badminton (37,5%).



Algumas modalidades não têm nenhum bolsista classificado para o Pan ou mesmo na própria relação de beneficiários do programa federal. Entre elas, jogos coletivos como basquete e futsal, cujos jogadores são contratados por clubes e as seleções são patrocionadas por empresas privadas ou públicas; e nos individuais, boxe e hipismo.



Bolsa Atleta é um programa do Ministério do Esporte que tem o objetivo de estimular o esportista a melhorar seus resultados e garantir a manutenção mensal para treinos e competições. Tem quatro categorias que recebem diferentes valores do benefício: Estudantil (R$ 300), Nacional (R$ 750), Internacional (R$ 1,5 mil), Olímpica ou Paraolímpica (R$ 2,5 mil).



As exigências para concorrer a uma bolsa variam de categoria, mas podem ser descritas resumidamente da seguinte maneira para o caso de atletas que foram para os Jogos Pan-Americanos: ter participado de competições em 2006 e estar nas primeiras colocações, ter filiação em entidade ligada a sua modalidade, e não receber nenhum outro tipo de patrocínio.



Financiamento público



O financiamento público de atletas brasileiros se dá por meio de concessão de bolsas, como o benefício do Bolsa-Atleta, convênios com confederações esportivas e o patrocínio de empresas estatais, que financiam confederações e modalidades. Segundo levantamento feita pela Agência Brasil, bolsistas estão presentes em 31 das 44 modalidades dos Jogos Pan-Americanos. São 87 atletas bolsistas de um total de 659 classificados.



“Temos reforçado o apoio aos atletas de várias modalidades esportivas. Não apenas o governo diretamente com o Bolsa Atleta ou de convênios que o governo, como também, as empresas estatais. Hoje, praticamente todas as empresas estatais patrocinam alguma modalidade esportiva. Isso é feito em debate junto com o Ministério do Esporte, de modo a priorizar a modalidade em que o país tenha alguma tradição, ou que precise se desenvolver”, explica o ministro do Esporte, Orlando Silva.



Como exemplos de patrocínio estatal, o ministro cita a Petrobras, com o handebol; a Caixa Econômica Federal com atletismo, ginástica e para-olimpismo; a Infraero, com o judô; Eletrobrás com o basquete; e Banco do Brasil com o vôlei. “São exemplos de que nós podemos articular, na ação pública, estatais e o governo federal garantindo o sucesso do nosso esporte. Acredito que esse papel do Estado, no caso da União e as empresas estatais tem o papel fundamental para garantir o êxito”, disse.