Brasil é maior no “Second Life” do que no mundo real

A representação brasileira no Second Life já é tão grande que ultrapassou, em dados proporcionais, os números de território e população do país em relação ao mundo real. Segundo informações do Linden Lab e da Kaizen Games, o Second Life Brasi

As contas foram feitas com base no número de usuários cadastrados no Second Life Brasil (cerca de 400 mil) em relação ao total de residentes (pouco mais de 7,6 milhões). A Kaizen Games e o iG ocupam também cerca de 1,5 milhão de metros quadrados (virtuais), contra 75 milhões de todo o Second Life.


 


Na vida real, os índices são menos expressivos. Com cerca de 188 milhões de habitantes, o Brasil tem hoje 2,8% da população terrestre e ocupa 1,66% da superfície. Mesmo assim, é considerado o quinto maior país em extensão, atrás de Rússia, Canadá, China e Estados Unidos.


 


Segundo o diretor de marketing do Second Life Brasil, Emiliano de Castro, a presença brasileira na segunda vida cresce à ordem de 30% a 40% ao mês. A média de novos avatares criados mensalmente é de 200 mil.


 


''Podemos construir ilhas em qualquer espaço do metaverso, mas optamos por deixá-las reunidas'', afirma. A tendência é mundial entre os provedores do Second Life. Não há divisão por países no SL, mas uma separação informal por língua.


 


Orkut


 


Não é de se espantar a grande presença de brasileiros em novos experimentos da Web 2.0. O primeiro boom ocorreu com o Orkut – site de relacionamentos do Google – a partir de 2004.


 


A ''invasão'' tupiniquim foi tão grande que comunidades americanas reivindicaram a exclusão de perfis do Brasil. O Google acabou oferecendo o serviço em português. Hoje, são do Brasil 55,24% dos usuários do site.


 


Cientistas sociais passaram a estudar o fenômeno e são quase unânimes nas conclusões. O sucesso se daria pela grande sociabilidade dos brasileiros e pelo início da cultura de interação em redes, até então ausente no país.


 


Sobre o Second Life


 


O Second Life é um universo 3D interativo criado em 2003 onde os usuários podem conversar com outras pessoas, construir, comprar e vender itens, dançar, jogar e realizar muitas outras atividades. Ganhou versão brasileira em abril, distribuída no país pela Kaizen Games e pelo iG.


 


Para entrar no SL, o usuário precisa ter um computador com bom desempenho, conexão de banda larga e o programa cliente do programa, que pode ser baixado a partir do site do Second Life Brasil (www.secondlifebrasil.com.br), gratuitamente.


 


O usuário não paga nada para construir o seu avatar – a representação do jogador dentro do mundo virtual. Paga apenas para construir alguma coisa, o que exige a posse de um terreno no mundo virtual e, claro, se quiser comprar itens pagos.


 


Da Redação, com Estadão Online