Segunda vacina contra HPV pode chegar ao Brasil até o final de ano afirma Vanessa

Até dezembro, uma segunda vacina de combate ao papilomavírus humano (HPV) pode estar disponível no mercado brasileiro, segundo a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), integrante da bancada feminina do Congresso Nacional. A expectativa dela é que

Grazziotin acredita que o novo produto vai quebrar o monopólio do Gardasil, possibilitando assim ao governo negociar melhores preços para atender a rede pública de saúde, que atualmente não distribuem o medicamento para prevenir o vírus que causa o câncer do cólo de útero. O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram procurados para comentar a possibilidade da entrada de mais uma vacina de combate ao HPV no mercado do brasileiro, mas não confirmaram a informação.


 


“O Ministério da Saúde esbarra hoje num preço de monopólio, pois só tem um fabricante. O valor cobrado não permite ao ministério garantir o acesso gratuito à imunização. Aguardamos com expectativa a entrada do novo medicamento. A quebra do monopólio vai permitir melhor negociação de preço e transferência de tecnologia”, sublinhou.


 


Há duas semanas, a deputada esteve com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acompanhada de deputadas da bancada feminina do Congresso Nacional. O alto valor do Gardasil foi o tema da conversa. As parlamentares discutiram com o ministro sobre como possibilitar o acesso gratuito ao medicamento a todas as mulheres, entre nove e 26 anos, através do Sistema Único de Saúde (SUS).


 


“O HPV é o principal agente causador do câncer do colo de útero, e o segundo maior causador de morte entre as mulheres no Brasil. Por isso, temos que garantir o acesso à vacina na rede pública”, frisou Grazziotin, autora do Projeto de Lei 164/07 que obriga o SUS a conceder as doses da vacina.


 


Segundo a deputada, o Ministério da Saúde alega falta de recursos para a oferta gratuita da vacina, o que representaria uma despesa anual de cerca de R$ 1,8 bilhão. Essa estimativa é superior aos R$ 700 milhões anuais gastos com o Programa Nacional de Imunização (PNI). A informação da deputada foi confirmada pela assessoria do ministério. “Então, enquanto não há uma diminuição de preço com a entrada da nova vacina, sugerimos ao ministro a ampliação da política de prevenção ao HPV com políticas de esclarecimentos e exames de papanicolau”, destacou.


 


Mas, ressalta Grazziotin, a posição primordial da bancada feminina é garantir a imunização gratuita da população feminina. “Pesquisas indicam que a vacina garante 94% de imunização”, pontuou. A assessoria do ministério também confirmou que deve criar um grupo de trabalho, com a participação das parlamentares, para estudar propostas de prevenção do HPV e de oferecimento gratuito de doses da vacina nos postos do SUS.



 


Fonte: Agência Brasil