Mantega reitera: política monetária não muda até 2009

A meta de inflação é de 4,5% ao ano e não muda, assim como a política monetária continua a mesma no país. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Palácio do Planalto, depois de encontro reservado com o secretário do tesouro dos E

O ministro lembrou que até 2009 as metas estão definidas e só a partir de então, se a inflação mais baixa estiver consolidada, poderão ser estabelecidas metas menores, “depois de discussões do Conselho Monetário Nacional”.



Mantega também negou que exista uma “meta oculta” que o mercado esteja considerando para projetar a meta de inflação. Segundo ele os títulos públicos corrigidos pela inflação têm caído de preço.



Novos critérios



A sistemática adotada para escolher dirigentes de organismos internacionais como o Fundo Monetário Nacional (FMI) e o Banco Mundial foi um dos assuntos tratados com o secretário do tesouro dos Estados Unidos



Segundo Mantega, o governo brasileiro tem defendido a mudança nesses critérios, de modo a dar mais representatividade aos países em desenvolvimento. “Caso contrário as agências multilaterais perderão representatividade, como aliás já está acontecendo com o FMI”.



O atual diretor-gerente do FMI, Rodrigo Ratto, pediu afastamento do cargo e o processo de sucessão teve início. Normalmente, cabe aos Estados Unidos indicar o presidente do Banco Mundial e à União Européia, indicar o dirigente do FMI.



O ministro lembrou que o FMI já tem hoje uma função limitada em ajudar os países em dificuldades financeiras. Para Mantega à medida que outros países como Brasil Índia, China e África do Sul, “que ganharam relevância econômica mundial”, têm uma representação pequena e sequer podem influenciar na escolha do diretor-gerente (do FMI) isso pode levar ao desinteresse pelo fundo.