Tropas paquistanesas enfrentam resistência em mesquita

As tropas especiais paquistanesas enfrentam nesta quarta-feira (11) o que parece o último foco de resistência dentro da ocupada Mesquita Vermelha, em Islamabad, capital do país, cenário de combates sangrentos que fizeram até o momento mais de 80 mortes e

Durante a madrugada foram ouvidos disparos intermitentes e ao menos cinco fortes explosões no complexo de edifícios. Fontes militares confirmaram a morte de 70 militantes, entre eles o religiosos Abdul Rashid Ghazi, e 12 militares das forças paquistanesas.


 


Entretanto, a mídia paquistanesa, citando fontes governamentais, calculavam as baixas dos dois dias de luta entre 80 e 200 mortos.



O porta-voz do exército, general de divisão Washid Arshad, afirmou à mídia que a ofensiva “estava quase terminada” e que estão na “última etapa”.



Ashad reiterou que o avanço das tropas no complexo é lento porque o exército quer evitar que se produzam baixas entre as mulheres e as crianças que, acredita ele, ainda permanecem ilhadas no sótão.


 


Ashad afirmou que o balanço exato de mortos e feridos só será conhecido após o fim da operação e agregou que “todavia, há muitos cadáveres no lugar”.



De acordo com fontes oficiais, o presidente Pervez Musharraf falará amanhã à nação para apresentar “uma nova estratégia destinada a combater o extremismo e o terrorismo”.



Enquanto isso, as autoridades governamentais ordenaram a ação de forças combinadas do exército e da polícia na localidade de Rojhan Mazari, na província de Punkab, lugar onde será realizado o funeral do religioso Adbul Rashid Ghazi.


 


O ministro do Interior, Aftab Ahmed Khan Sherpao, autorizou o traslado em helicóptero do corpo de Ghazi para sua aldeia natal, no distrito de Rajanpur, próximo das fronteiras entre as províncias do Beluchistão, Sindh e Punjab.