Depósito para empresário contradiz Roriz
O procurador-geral do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, disse nesta sexta-feira (13) que considera “curioso” o depósito de R$ 1,93 milhão na conta do empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol, no dia 3 de julho, o q
Publicado 13/07/2007 13:27
A explicação de Roriz para os R$ 2,2 milhões foi a compra de uma bezerra. Ele teria tomado um empréstimo de R$ 300 mil de Nenê Constantino. Recebeu um cheque e, após descontá-lo, devolveu o restante – R$ 1,9 milhão – ao empresário. A diferença, no entanto, só entrou na conta de Constantino no último dia 3 de julho, véspera da renúncia de Roriz e quase quatro meses após a partilha do dinheiro.
“É uma questão que precisa ser esclarecida, mas é curioso como os fatos ocorreram”, disse o procurador Leonardo Bandarra.
Renúncia
Joaquim Roriz renunciou ao mandato de senador após ser flagrado negociando, por telefone, no dia 13 de março, a partilha de R$ 2,2 milhões. A transação foi descoberta pela polícia durante as investigações da Operação Aquarela, que desmontou um esquema de corrupção no Banco de Brasília (BRB).
No telefone, o então senador acerta com o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura, preso na operação, como se daria a divisão do dinheiro.
O procurador Leonardo Bandarra disse, no entanto, que o esquema de corrupção no BRB é o foco das investigações. Os negócios suspeitos de Roriz seriam uma espécie de “apêndice”, explicou o procurador.
Fonte: G1