México: Marginalização atinge 99% das comunidades indígenas

No México, 99% das localidades indígenas têm um alto ou muito alto grau de marginalização, 36% desse nicho da população é analfabeta e 43% das moradias não têm água potável, segundo disse nesta quinta-feira (12) Ricardo Aparicio, diretor geral adjunto do

Ao apresentar o livro “Índices de marginalidade por localidade 2005”, no Dia Mundial da População, elaborado pela Secretaria de Governo (Segob) e o Conselho Nacional de População (Conapo), o funcionário da Sedesol insistiu que persistem as desigualdades, marginalidades, pobreza e enormes contrastes entre o interior do país, condição que afeta principalmente as comunidades e povos das zonas indígenas e rurais.



Florencio Salazar Adame, sub-secretário da Segob, disse que os estados de Chiapas, Guerrero e Oaxaca continuam sendo as entidades com maior proporção de população que reside nas localidades de alto e muito alto grau de marginalidade, seguidos por Puebla, Veracruz, Yucatán, San Luis Potosí, Hidalgo, Campeche, Tabasco e Michoacán.



As entidades federativas com menor grau de marginalidade são o Distrito Federal, Coahuila, Aguascalientes, Nuevo León e Coahuila.



Carências básicas



De acordo com o índice, no México, a maior parte dos estudos demográficos e urbanos classifica como urbanas às localidades de 15 mil ou mais habitantes e como rurais às menores de 2 mil e 500 habitantes. As localidades de 2 mil e 500 ou menos habitantes são definidas como mistas ou em transição.



Nas localidades urbanas, 4% da população a partir de 15 anos é analfabeta e 14% não concluiu o ensino fundamental. Nas localidades mistas e rurais, o analfabetismo aumenta para 12 e 19 por cento, respectivamente, e a não conclusão do ensino fundamental aumenta em 30 por cento nos primeiros e 45% nos segundos.



No tema da moradia, nos centros urbanos, menos de um por cento das moradias carece simultaneamente de drenagem e saneamento e menos de dois por cento de energia elétrica. A proporção de moradias com piso de terra e sem água é de três e quatro por cento. Quase a quarta parte das moradias apresenta algum nível de superlotação e uma em cada dez carece de refrigerador.



Ademais, de 2000 a 2005, 1.243 municípios, a metade do total (50,7%), experimentaram uma perda de população. Cabe recordar que os índices de desenvolvimento humano apresentado pelas Nações Unidas este ano, destacam por igual que no interior das entidades federativas existe uma enorme desigualdade, que é o que está propiciando a migração.



Assim mesmo, o México terá que cumprir, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com o acesso universal à educação básica e a água potável.



Fonte: Agência Adital