PT repudia “Correio Braziliense” e “Estado de Minas”

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e o secretário nacional de Finanças, Paulo Ferreira, divulgaram nesta terça-feira (17) uma nota em que expressam repúdio às manchetes dos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense.

As duas publicações requentam informação que o próprio PT concedeu à imprensa há dois anos, sobre o reconhecimento da dívida do partido com o BMG. Pior: fazem interpretações incorretas e maldosas, conforme afirma a nota. Leia a íntegra:


 



Nota oficial do Partido dos Trabalhadores


 


O Partido dos Trabalhadores repudia a forma com que os jornais Estado de Minas e Correio Braziliense desinformam e confundem a população na edição desta terça-feira (17), por meio das manchetes  “PT assume a conta do mensalão” (Correio) e  “PT paga a conta do mensalão” (Estado de Minas).


 


Qualquer jornalista bem informado que tenha participado da cobertura da crise pela qual passou o partido em 2005 sabe que tal manchete é falsa, tendenciosa e esconde informação requentada, que data de pelo menos dois anos atrás.


 


Vamos aos fatos:


 


No dia 20 de julho de 2005, dois meses depois do início da crise que atingiu o PT, a Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento do PT  divulgou uma nota esclarecendo que o partido havia solicitado empréstimo de R$ 2,4 milhões ao BMG em 17/02/03  e de R$ 3 milhões ao Banco Rural em 14/05/2003, em contratos assinados pelo ex-presidente José Genoino e o ex-secretário de Finanças Delúbio Soares.


 


No mesmo dia 20 de julho  de 2005, o então secretário-geral do PT, Ricardo Berzoini, concedeu entrevista coletiva a jornalistas informando que os contratos assinados por José Genoino e Delúbio Soares com o BMG e o Banco Rural seriam reconhecidos pelo PT, uma vez que eram dívidas formalmente contraídas pelo partido.


 


A notícia veiculada em ambos os jornais nesta terça-feira, portanto, foi anunciada pelo próprio PT há dois anos, fato que derruba a tese maldosa que os jornais tentam imprimir, segundo a qual o acordo para pagamento da dívida do BMG teria a intenção de “salvar Marcos Valério”.


 


O acordo foi firmado depois que o BMG cobrou a dívida judicialmente. O PT, impossibilitado de fazer o pagamento integral, iniciou uma negociação junto ao banco em agosto de 2006, negociação esta que vem sendo repactuada.


 


PT reitera que, apesar de suas dificuldades financeiras, está envidando todos os esforços para cumprir com seus compromissos, o que inclui acordos de renegociação de dívidas formais, como o celebrado com o BMG.


 


Paulo Ferreira
Secretário Nacional de Finanças e Planejamento


 


Ricardo Berzoini
Presidente Nacional do PT