“Estadão” admite: vaias a Lula não são “risco no teflon”

Alguns comentários nos jornais deste domingo (15) sobre as vaias a Lula no Maracanã merecem o mesmo. Por causa da sua má pontaria.

Salvaram-se as interpretações dos pesquisadores de opinião pública Antonio Lavareda, da MCI (que costuma trabalhar para o PSDB) e Márcia Cavallari, do Ibope, no texto “Para analistas, Rio não reflete popularidade do presidente”, do repórter Carlos Marchi, do Estado de S. Paulo.


 


Para eles, os apupos não são nenhum “risco no teflon”, como houve quem opinasse. Ou seja, não representam um começo de reversão dos índices de aprovação do presidente. “Os dois disseram”, relata Marchi, “que a popularidade de Lula no país segue elevada e estável”.


 


A matéria chama a atenção para o dado essencial do acontecimento que, podem apostar, ainda vai dar muito pano para manga: “A platéia que foi ao Maracanã sexta-feira, pagando ingressos de até R$ 250, certamente é de agrupamentos mais elevados” (do que os grupos de renda onde a popularidade de Lula chega a 77%, como entre os que ganham até um salário mínimo).


 


Segundo Lavareda, “ali, no Maracanã, devia haver uma concentração de classes A e B, com presença reduzida da C. Tinha muito pouca gente das classes D e E, onde está o apoio mais firme a Lula”.


 


As informações são do blog Verbo Solto (Observatório da Imprensa), editado por Luiz Weis.