Gilberto Gil: a cultura como software livre
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, que se encontra na Itália para apresentações de sua nova turnê mundial, Banda Larga, disse que “a cultura como um todo e a música principalmente devem se tornar livres e compartilháveis, assim como o software Linux”. O
Publicado 25/07/2007 21:04
“Estamos em uma fase de continua evolução. Não se pode pensar em defender o existente. É necessário procurar novos modelos, novas definições de direitos autorais e novos modos de remunerar os artistas”, opinou. Para as novas tecnologias, “necessárias para o desenvolvimento e a mudança”, Gil dedicou sua música Banda Larga, cujo videoclipe foi filmado dentro de sua própria casa, com um telefone celular, pelo cineasta Andrucha Waddington.
Na cozinha, entre geladeiras cobertas de imãs e amigos reunidos ao redor de uma mesa, o Ministro da Contracultura, como definiu recentemente o jornal britânico The Guardian, canta sobre novas tecnologias, internet e YouTube. Uma música que é um verdadeiro manifesto da cultura digital e da informação democrática porque “como antes necessitávamos de ferrovias e estradas, hoje todos temos necessidade de banda larga”, concluiu.
Açores
Em 4 de agosto, Gil vai se reunir com cerca de cem agentes culturais do arquipélago português dos Açores, quando dará um concerto em uma casa de espetáculos da cidade de Ponta Delgada. O encontro informal pretende ser uma “oportunidade para a troca de impressões com criadores, produtores e divulgadores da cultura açoriana”, informou um representante do Coliseu Micaelense, que promove o evento.
A reunião com os agentes culturais será realizada durante a tarde anterior à apresentação do ministro da Cultura na casa de espetáculos. A turnê européia de Gil, que inclui mais seis países, foi iniciada no começo do mês.
O cantor e compositor brasileiro conquistou por três vezes o Prêmio Grammy (1998, 2001 e 2005), na categoria melhor álbum de World Music. Segundo o Coliseu Micaelense, os ingressos para o concerto já estão quase esgotados.