Ministro do Esporte e público reverenciam Janeth
O sonhado ouro não veio. Mas o coro de “Janeth, Janeth, Janeth” emocionou parte das 13 mil pessoas que acompanharam na terça-feira (24) a derrota da seleção feminina de basquete, na final do Pan, para os Estados Unidos, por 79 a 66.
Publicado 25/07/2007 16:42
A partida foi disputada na recém-inaugurada Arena Multiuso, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., assistiu ao jogo, entregou a medalha da prata às brasileiras e destacou o legado deixado pela ala de 37 anos. “Ao lado de Paula e de Hortência, a Janeth fez parte de uma geração campeã mundial e vice-campeã olímpica. Sua contribuição para o basquete brasileiro é inestimável”.
Orlando Silva falou também sobre a atuação da jogadora fora das quadras. Janeth está à frente de um trabalho de formação de atletas que vivem em áreas de risco social em Santo André, na Grande São Paulo, onde reside. “Ela é um exemplo de cidadã responsável que deseja colocar seu talento e capacidade a serviço da sociedade”.
Chorando muito, Janeth disse que, durante o jogo, viu seus 24 anos de carreira passarem como um filme pela cabeça. Os pontos altos foram o ouro no Pan de Havana, em 1991, o título mundial na Austrália, em 1994, e a prata nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. “Quero apenas ser lembrada como uma atleta que sempre se dedicou e gostou muito do que fez”. Será lembrada por muito mais do que isso.
Fonte: Pan Ação 2007 (Ministério do Esporte)
Outro momento emocionante para os brasileiros na terça-feira 24, com direito a mais recordes, foi o ouro de Hugo Hoyama no tênis de mesa. O atleta tornou-se recordista isolado de medalhas douradas em Pans, com nove, seguido pelo ex-nadador Gustavo Borges, com oito. E ainda ajudou o Brasil a superar a marca de 29 ouros em um Pan, atingida em Santo Domingo (República Dominicana) 2003.