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Acre debate solução para médicos formados em Cuba

Uma delegação de 22 alunos da Escola Latino-americana de Medicina de Cuba (Elam) foi recebida nesta quinta-feira (2) pelos deputados da Assembléia Legislativa do Acre (Aleac). Na presença do reitor da Universidade Federal do Acre (Unac), os estudantes apr

O prazo de serviço no Acre está em debate. O deputado Taumaturgo Lima (PT), que pediu que ele seja elevado para três ou cinco anos. “Temos um grande problema com profissionais que vêm para o estado, conseguem os seus registros e depois vão embora”, destacou.



Amenizar o problema da falta de médicos no interior do estado é um dos principais objetivos da proposta dos estudantes. “Isso ajudaria a resolver o problema de falta de médicos no interior do estado”, ressaltou Janilson Lopes Leite, natural de Tarauacá e estudante do quinto ano de medicina em Cuba.



O reitor da Ufac garantiu que a Universidade tem interesse na revalidação dos diplomas de alunos de cursos de medicina estrangeiros. No momento a Instituição não pode validar os dioplomas porque a porimeira turma de seu Curso de Medicina só se graduará no final deste ano. “Depois disso, a Ufac pode começar a discutir as formas de revalidação de diplomas de faculdades de medicina de outros países, como é o caso de Cuba”, disse o reitor.



O deputado Donald Fernandes (PSDB), que também é médico, chamou a atenção para a seriedade do tema. “O trabalho dos profissionais no interior precisa ser revisto, pois eles necessitam de condições dignas de trabalho e de remuneração justa – e isso é difícil encontrar em municípios isolados”, argumentou.



Moisés Diniz (PCdoB) destacou a situação favorável que se tem no estado para resolver a questão dos diplomas. O deputado propôs a criação de um grupo de trabalho envolvendo a Ufac, Assembléia, governo estadual e estudantes de cursos estrangeiros de medicina, visando dar continuidade na discussão.



O presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), disse acreditar de um convênio que garanta a relvalidação dos dip0lomas. “Acredito, também, na vocação desses alunos que são, na sua grande maioria, de origem pobre, e sabem da necessidade de médicos para o interior do nosso estado”.



O governo cubano oferece anualmente 300 vagas para estrangeiros em seu Curso de Medicina. Os estudantes são selecionados por dois critérios: sócio-econômico e científico. O candidato à vaga passa por uma entrevista no Consulado de Cuba, que fica em Brasília. Passando desta etapa, ele vai para Cuba, onde participa de um curso chamado Pré-médico, de quatro meses, tendo aulas de química, física, matemática, biologia e espanhol.



Ao final do Pré-médico, o candidato passa por uma segunda etapa: a prova científica, que tem caráter eliminatório. Caso o candidato seja classificado, ele passa a estudar medicina em Cuba, com todo o apoio garantido. O estudante recebe, gratuitamente, alojamento, alimentação, material didático, farda e material higiênico, além de uma ajuda em dinheiro.



Somente a Escola Latino-americana de Medicina (Elam) forma, anualmente, mais de 70 médicos brasileiros. Eles voltam para o país mas enfrentam obstáculos burocráticos para a revalidação do diploma. Estima-se que 170 médicos aguardam hoje a permissão para exercer sua profissão.



Com informações da Assembléia Legislativa do Acre