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Argentina se opõe ao aumento de zonas francas no Brasil

A União Industrial Argentina, a maior associação empresarial do país, expressou nesta sexta-feira (3) sua “grande preocupação” com a “nova assimetria” que representa a aprovação de uma lei que amplia o número de zonas francas subsidiadas no Brasil.

A norma sobre Zonas de Processamento para a Exportação (ZPE) “tem como objeto permitir” que nelas “sejam produzidos bens não apenas para a sua exportação, mas também para voltar ao mercado interno do Brasil em um volume significativo”, diz em um comunicado.



A entidade afirma que os benefícios tributários concedidos por esta lei “afetará os outros parceiros do Mercosul” (Argentina, Paraguai e Uruguai), fundamentalmente pelo deslocamento da produção dirigida ao mercado brasileiro, “originando condições de privilégio dadas às empresas radicadas nestas áreas”.



Além disso, destacou que “se contraria o espírito dos acordos estabelecidos dentro do Mercosul (em 1994), tendente a limitar a ampliação das zonas francas dentro dos países do bloco”, o maior da América Latina e que está em processo de incorporar a Venezuela como membro pleno.



Por último, a associação empresarial expressou seu apoio à “firme posição adotada” pelo governo argentino “para procurar o desenvolvimento harmônico do Mercosul, evitando novas assimetrias originadas por políticas públicas que afetem o comércio e a localização de investimentos entre os países do bloco”.



As “assimetrias econômicas”, a regulação dos subsídios para o estabelecimento de indústrias e a “complementação produtiva” foram alguns dos assuntos tratados pelo chanceler argentino, Jorge Taiana, com seu colega do Brasil, Celso Amorim, na reunião que os dois tiveram nesta sexta-feira em Brasília.



Fonte: Efe