Brasil pretende dobrar comércio com o México até 2010
O governo brasileiro pretende, até 2010, dobrar os valores atuais de comércio com o México. É com essa meta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no país neste domingo, ao lado de uma comitiva com 50 empresários do país.
Publicado 06/08/2007 11:42
“Queremos que o México cada vez mais se aproxime da América Latina e da América do Sul. Temos trabalhado isso”, afirmou Lula, em rápida entrevista a jornalistas em frente ao hotel. “Trabalhamos com o presidente [Vicente] Fox e agora vamos trabalhar com o presidente [Felipe] Calderón numa expectativa que as duas maiores economias da América Latina possam desenvolver ainda mais sua relação comercial, sua relação científico-tecnológica.”
A principal agenda da missão brasileira é ampliar o acordo de preferências Brasil-México, que hoje abrange cerca de 800 itens. Mas há dificuldades também nesse aspecto, principalmente nos setores têxtil e de eletroeletrônicos, pois o México tem acesso aos produtos chineses em condições bem mais vantajosas.
Em 2006, as trocas bilaterais atingiram US$ 5,7 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,1 bilhões para o lado brasileiro. Os investimentos do México no Brasil chegam a US$ 6,5 bilhões. O Brasil acumula apenas US$ 500 milhões de investimentos no México.
Novo momento
De acordo com Lula, ainda é possível avançar na discussão sobre a decisão do governo mexicano de exigir vistos a brasileiros para reduzir o número de migrantes ilegais para os Estados Unidos.
“Tudo isso faz parte de uma nova discussão com o México. Acho que há uma disposição de avançarmos ao ponto de não criarmos problemas tantos para os mexicanos que vão ao Brasil quanto os brasileiros que vêm ao México.”
Para o presidente, os países estão vivendo um “outro momento” e é preciso aproveitá-lo para avançar em questões não só comerciais, mas também culturais.
“Quanto mais abrimos as nossas fronteiras, mais chance temos de atrair não apenas investimentos, como a gente tem também possibilidade de fazer o entrelaçamento cultural, turístico. E é para isso que estou aqui. Estou aqui para vender a imagem do Brasil, os produtos brasileiros, e para comprar a imagem e os produtos do México.”
Da redação, com informações da Agência Brasil