Congresso tucano evidencia luta interna Alckmin-Serra
O PSDB voltou a exibir sua luta interna durante o fim de semana, opondo, como em 2006, o hoje governador de São Paulo José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin. No Congresso estadual da seção paulista tucana, os alckimistas defenderam o ex-presidenciáv
Publicado 06/08/2007 17:18
No domingo (5), quando Serra, chegou ao Congresso, na cidade de Praia Grande, o deputado Vanderlei Macris defendia a candidatura própria e sugeria Alckmin como o candidato. “Se existe uma recomendação nacional para que tenhamos candidatos nas cidades, como poderia ser diferente em São Paulo?”, indagou.
O presidente estadual do partido, deputado Mendes Thame, asseverou que “se Alckmin quiser, ele será candidato”. E advertiu que, em caso contrário, a negociação com o DEM “começa do zero”.
Um fato retratou a divisão: os alckmistas compareceram ao Congresso no sábado, quando Alckmin falou, e esvaziaram o evento no domingo.
À espera de um “chamado do povo”
Geraldo Alckmin não assume explicitamente a intenção de disputar a prefeitura, ao contrário do que fez em janeiro do ano passado em relação à Presidência. Em conversas, deixa escapar que aguarda um “chamado do povo”. Ao comparecer ao Congresso, ele explicou para a imprensa: “Essa não é uma decisão pessoal, é uma decisão coletiva que deve ser tomada no ano que vem”.
O ex-governador ficou apenas uma hora no evento – o tempo de fazer um discurso de improviso onde disse que o país está de “ponta cabeça política”. Criticou a montagem da Anac e da Infraero, a greve dos metroviários. Saiu depois de ganhar de presente uma camiseta da juventude do partido com a frase “sou subversivo dentro do meu partido”. E foi ovacionado pela platéia tucana com o refrão “PSDB, esquerda para valer” (na campanha presidencial do ano passado, a candidatura Alckmin foi vista como representante da direita).
De olho no “microestado”
Caso Serra não queira ou não possa vetá-lo, Geraldo Alckmin é candidatíssimo à prefeitura, onde aparece como o favorito (31%) em pesquisa Vox Populi divulgada na terça-feira passada, graças à grande exposição que teve como presidenciável. Neste domingo (5), Em Agudos, a imprensa perguntou se ele preferia governar o estado ou município. A resposta foi um elogio das prefeituras.
“Valorizo muito o governo local, chamado de microestado, que é onde você mais pode melhorar a vida do povo. A administração municipal é ao lado dos fatos, pois ela vive os problemas e aflições da população por conviver com ela. Mas, vamos esperar o ano que vem”, disse Alckmin. Sem mandato, para todos os efeitos o governador trabalha como médico e professor de medicina em uma universidade de Santos. E percorre o país participando de eventos políticos para os quais é convidado.
Da redação, com agências