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Correios questionam noticiário sobre 'Operação Selo'

O presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, disse nesta segunda-feira (6) que até o momento não recebeu cópias do inqúerito da operação Selo, que teria, supostamente, desbaratado um novo esquema de corrupção nos Correios, conforme noticiário d

Custódio voltou a afirmar que desconhece qualquer indício de irregularidade na estatal e se queixou das declarações do procurador Bruno Acioly e do delegado da Polícia Federal Daniel França. Acioly comparou a corrupção nos Correios a um câncer e França disse que o grupo atuava como uma quadrilha que briga por pontos do tráfico nos morros.


 


– Pode haver uma ou outra pessoa envolvida, mas não tem quadrilha, não tem câncer nos Correios. Estou muito chateado com essas comparações – disse.


 


Em nota, a administração dos Correios afirmou que “os casos apresentados como exemplos nas reportagens possivelmente referem-se a processos anteriores a 2006”.



Caso antigo



O site da Polícia Federal também não fala em “novo esquema” e sim em “continuação das investigações iniciadas com o escândalo que envolveu Maurício Marinho, o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios”.



O líder do esquema atuava pelo menos desde 1994, quando teve início o governo Fernando Henrique Cardoso e fraudava licitações utilizando empresas com diferentes personalidades jurídicas. A principal liderança do esquema, e que já foi preso na ação da PF iniciada na quinta-feira (2), também já havia sido condenado pela Justiça Federal por crime semelhante em 1995.



Veja abaixo a nota dos Correios:


 


NOTA DE ESCLARECIMENTO



Os Correios, em face do noticiário decorrente da denominada Operação Selo, esclarecem à sociedade brasileira que:



Até o momento, não foram comunicados pelas autoridades competentes dos motivos que desencadearam a operação.


Os casos apresentados como exemplos nas reportagens possivelmente referem-se a processos anteriores a 2006, sendo que especificamente sobre os cofres a última aquisição ocorreu em 2002, e a empresa já adotou as medidas recomendadas pelos órgãos de controle. Desde então, os Correios não efetuaram qualquer contratação de cofres.


Embora não tenham tido acesso aos documentos que respaldam a operação, afastaram preventivamente de suas funções os empregados envolvidos, a fim de garantir a isenção do processo de apuração dos fatos. Informam, ainda, que os referidos empregados não atuam em processos de licitação e contratação.


Em todos os momentos, colaboraram e continuarão colaborando com o TCU, a CGU, o Ministério Público e a Polícia Federal, fornecendo informações e documentos solicitados e adotando todas as providências administrativas que lhes competem.


A partir de 2006, intensificaram a adoção da modalidade de pregão eletrônico, utilizando-a em todos os processos de licitação, exceto quando há restrição legal, garantindo a transparência e a competitividade desejadas aos processos. Nos últimos 12 meses foram realizados, pelo sistema de licitações eletrônicas, mais de 2 mil pregões, representando 96% das licitações efetuadas no período, com economia  de 270 milhões de reais.


O procedimento de pregão via internet é aberto à participação e consulta a todos os interessados e, dada à sua transparência e ao seu mecanismo de sigilo, inibe tentativas de fraude.


Disponibilizam, no site www.correios.com.br, a situação de todas as licitações, bem como os dados de todos os contratos firmados.


Com a adoção das melhores práticas de governança corporativa e da modernização da gestão, a empresa apresentou, no primeiro semestre de 2007, lucro operacional, fato que não ocorria desde 2001.


Os Correios permanecem firmes na condução dos objetivos da organização e à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário com vistas à elucidação dos fatos.