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Nordeste apresenta maior incidência de aborto inseguro

Quando o assunto é interrupção de gravidez de forma insegura, no Brasil, a região Nordeste é a que apresenta a taxa mais problemática, com 2, 73 por um grupo de 100 mulheres – número acima da média nacional. A informação retirada do último informe da Fede

No 2.° Fórum Social Nordestino, uma dessas discussões foi realizada pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), na oficina “Aborto na Agenda Democrática”.



Beth Ferreira, da Articulação, explica que a idéia é fazer essa discussão junto a movimentos não feministas, à movimentos mistos, que também precisam estar incluídos no debate.



“Entendemos que não é possível pensar em democracia se metade da população, que somos nós, as mulheres, não pode decidir sobre uma coisa que para nós é fundamental, como o corpo e nossa saúde”, disse.



A proposta é puxar o debate para a questão da luta democrática, onde todos os setores sociais devem estar envolvidos e ter uma participação significativa, uma vez que o assunto envolve vários fatores que incidem diretamente nos indicadores sociais, onde o público mais afetado são as mulheres, negras, pobres e nordestinas.



“Trata-se de uma situação de injustiça. Se a gente luta por uma sociedade democrática a gente não pode manter esse duplo status, de que quem tem dinheiro pode pagar e quem não tem pode morrer ou ser presa, ou ficar com alguma seqüela, e até não poder ser mãe, quando ela desejar se mãe”, afirmou.