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PCdoB debate saúde e critica fundação estatal

A proposta de criação da fundação estatal foi um dos assuntos debatidos no seminário nacional A Política Pública de Saúde no Brasil, que o PCdoB realizou em Brasília, neste final de semana. O Partido decidiu que precisa debater o projeto com m

As decisões tomadas no seminário serão sistematizadas por um grupo de trabalho e servirão de base para a tese para a Conferência Nacional de Saúde, previsto para novembro, em Brasília.


 


Na avaliação de Batista, ''o debate significou a retomada na elaboração da política de saúde pública'', abordando os temas da gestão e relação de trabalho, por meio de palestrantes do Partido como Jandira Feghali, Chico Monteiro e Márcio Florentino; e outros, de fora da legenda, como Lígia Bahia, Adson França e Carmem de Simoni. Batista destacou a colaboração deles no evento, definido como ''muito rico e proveitoso''.



Para Batista, ''o Partido precisa levantar a bandeira da saúde, com o fortalecimento da saúde e a universalização da saúde pública'', acrescentando que ''os trabalhadores em saúde, seja na academia, gestores ou funcionários sindicalistas, também contribuíram bastante com o debate''.



Saúde: direito ou mercadoria



Além da discussão sobre fundação estatal, cuja decisão do seminário é de continuidade do debate, também foi tratado de temas sobre a saúde frente as mudanças sociais necessárias ao país e o papel do estado no enfrentamento das desigualdades (sociais, econômicas e regionais); e a gestão do SUS, com ênfase para os recursos humanos e a precarização do trabalho.



Outros temas que foram debatidos no evento e serão sistematizados pelo grupo de trabalho forma a seguridade social e o financiamento da saúde. O partido demonstra preocupação com e o mercado e os interesses privados em saúde e a responsabilização do estado, fazendo um paralelo entre a saúde como direito e a saúde como mercadoria.



Houve ainda discussão sobre o papel do movimento popular no controle social da saúde, destacando a participação política na formulação e fiscalização da saúde.



Conselho político



O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, fez a abertura do evento com uma palestra sobre o momento político e a tática do PCdoB. Abandonando o tom formal, ele disse que faria uma conversa sobre a perspectivas do país e as idéias do Partido sobre a situação atual.



O dirigente comunista aproveitou para dar informações sobre a participação do PCdoB no conselho político do governo Lula, que ele considera exitosa, destacando o desejo manifesto do presidente Lula de que o Partido se reuna com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para apresentar suas reflexões e opiniões sobre a economia do país.



A análise dele é de que o primeiro governo Lula conseguiu estabilizar – ''com tal ou qual política, que a gente sempre criticou, mas conseguiu, a economia do País'', acrescentando que ''continuamos as críticas com a política macroeconômica – nós apoiamos o governo em torno de pontos comuns, mas não abandonamos o programa do Partido. O nosso programa vai mais adiante, além do governo Lula'', afirmou.



Ele disse ainda que o conselho de governo funciona normalmente, com reuniões praticamente semanais, como resultado da proposta do PCdoB de montagem de um governo de coalizão amplo, com um núcleo mais consequente. E aproveitou a oportunidade para criticar a mídia que não dá destaque aos debates e discussões políticas.



De Brasília
Márcia Xavier