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Deputado lamenta descaso de Serra sobre buraco do Metrô

Tudo que os tucanos não queriam era a abertura de mais um buraco na obra da Linha Amarela do metrô de São Paulo. Mas foi o que ocorreu nesta quarta-feira (9), em plena Rua dos Pinheiros, área nobre de São Paulo, próximo ao local onde ocorreu a tragédia

O petista lembrou o tratamento desigual que a mídia dá ao acidente aéreo da TAM, tentando culpabilizar o governo Lula, e o modo como mais este esburacamento na obra do metrô é tratado como um incidente normal em obras desse tipo. Simão afirma que tem informações de que houve vazamento de água, devido ao atropelamento dos encanamentos pela obra e a necessidade de enxertos de terra. Para ele, os procedimentos são irregulares e revelam a pressa e negligência da obra.


 


Os dois acidentes ocorreram em São Paulo, onde há uma hegemonia conservadora do PSDB. “Esse tratamento desigual se dá porque aqui é o centro dos interesses capitalistas e da mídia mais conservadora contra o PT. Qualquer ação do governo federal recebe julgamento pronto e prévio dos jornalistas de plantão”, explica o deputado. Por trás das atitudes da mídia e do governo tucano, segundo Simão, está a intenção de privatização do metrô. As demissões na empresa por conta da greve recente dos metroviários também expõem esta postura.


 


Fiscalização


 


Desde o desabamento trágico, ocorrido há sete meses, Simão Pedro tem acompanhado as investigações. Segundo o parlamentar, o governo Serra deixou de cobrar o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) pelos laudos das causas do acidente, mas exigiu pressa nos laudos que liberam outros locais para a obra. “O governo quer cumprir rigorosamente o cronograma das obras para beneficiar o consórcio privado, em detrimento da segurança da população”, explicou.


 


Um grupo de deputados também procurou o IPT para prestar solidariedade e demonstrar que não vai aceitar a pressão política do governo para evitar as investigações. “Procuramos dar segurança aos profissionais, já que o IPT é ligado a uma universidade estadual paulista e sofre pressões do governo Serra”, revelou.


 


Este novo acidente mostra que os petistas estavam com a razão ao pedir uma investigação mais séria do Ministério Público sobre as causas da tragédia. “Até hoje, não há nenhuma informação esclarecedora para a população, revelando como o governo Serra ignora as pessoas e se comporta como se a tragédia não tivesse ocorrido”, indigna-se Simão. Além da cortina de fumaça da demissão do presidente do metrô, o governo não tomou nenhuma outra medida, como mudanças no procedimento de fiscalização da obra ou no método construtivo, como as explosões que podem ter sido a causa da primeira tragédia.


 


Na opinião do petista, como não há nenhuma transparência nessa obra, a sociedade está completamente indefesa. “O governo e o metrô apostam na sorte para que não ocorram outros incidentes”. Simão lembra, no entanto, que outros incidentes já haviam ocorrido antes da grande tragédia de janeiro. Em um dos incidentes, inclusive, houve uma morte, o que revela o modo como o governo pretende dar andamento à obra.


 


O deputado lamenta também que a prática dos tucanos de abafar qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), tenha atingido também as investigações sobre a obra do metrô.


 


Fonte: Portal do PT